Com cerca de 25% do total de casos, as crianças menores de cinco anos se mantém como a faixa etária mais atingida. (Sinitox-FioCruz) |
publicado neste blog em 04.outubro.2015
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2015/10/intoxicacao-por-remedios-supera.html
"As intoxicações por medicamentos continuam a ser a principal causa de intoxicação humana no Brasil, e na maior parte do mundo (1994-2015) com 28% dos casos, sendo seguida por intoxicações por dominissanitários com 12%. Os principais remédios envolvidos em intoxicações no Brasil são os benzodiazepínicos, os antigripais, os antidepressivos e os antiinflamatórios." (hipolabor)
"Com cerca de 25% do total de casos, as crianças menores de cinco anos se mantém como a faixa etária mais atingida." (Sinitox-Fiocruz)
"Para enfrentar o excesso de medicação em todo o país, o Ministério da Saúde instituiu o Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos (CNPURM), para identificar e propor estratégias e mecanismos de articulação, de monitoramento e de avaliação direcionados à promoção do uso racional de medicamentos." (Saúde-gov)
Segundo dados fornecidos pela Fundação Oswaldo Crus (FioCruz), País acumulou, em 2011, 308 mil casos de intoxicação por remédio. A pesquisa, por certo, já está com seu índice bem mais elevado, pois a cultura de medicalização persiste e é responsável pelos excesso. Segundo este levantamento, são 7 intoxicações por medicamentos a cada duas horas.
"O remédio é indicado para curar doenças, mas o excesso, o uso inadequado e o erro na prescrição trazem para ele a responsabilidade, por causar doenças. Segundo monitoramento da FioCruz, os usuários intoxicados por medicamentos apresentam sinais que vão desde coceira, vômito e tontura, até convulsão e morte.
Sem exceção, as medicações sempre lideraram a lista de causas de reações tóxicas notificadas, superando inclusive os agrotóxicos, venenos para rato, as picadas de animais peçonhentos, produtos de limpeza e os cosméticos." (Saúde.ig)
"O especialista do Rio Grande do Sul, Carlos Augusto Mello da Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Toxicologia, acrescenta que em sua experiência de 35 anos na área, os benzodiazepínicos (estimulantes do sistema nervoso central) e os antidepressivos estão na origem da maior parte das intoxicações.
“O problema é que medicamentos que anos atrás foram licenciados para uma indicação médica (como para convulsão) hoje são receitados para outras doenças, tipo síndrome do pânico, distúrbio bipolar”, afirma Silva.
“A indústria farmacêutica ampliou as utilizações terapêuticas de suas drogas, não por acaso para diagnósticos da moda, o que aumenta a prescrição, o consumo e o risco de intoxicação”, diz o presidente da sociedade.
“Tudo isso sem a certeza de que estes pacientes tiveram os transtornos devidamente diagnosticados e também sem uma fiscalização de compra e venda efetiva por parte das autoridades sanitárias.”
Cultura
da medicalização
"Esta
cultura da “medicalização social” encontra base e sustentação na facilidade de
compra. Todas estas drogas terapêuticas estão ao alcance de qualquer um.
A facilidade em conseguir
medicamentos explica o perfil da maioria dos intoxicados por drogas
terapêuticas no País. Os casos estão concentrados em crianças com menos de 10
anos e também em jovens entre 20 e 29 anos, que usam os comprimidos como
muletas sociais para dar "barato" ou para domar a ansiedade e o
estresse. O motivo principal dos acidentes são as tentativas de suicídio,
utilização que seria mais controlada se o acesso as drogas não fosse tão fácil,
acredita Anthony Wong, médico especialista em drogas e toxiconologia (SP).
Fatores e soluções
Ainda como pano de fundo para a liderança dos medicamentos nas causas de intoxicação, o pesquisador Álvaro Nascimento cita a publicidade que “vende, em horário nobre da televisão, remédios como se fossem qualquer outro produto”.
“Convivemos ainda com a famigerada mensagem de alerta ‘ao persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado’ como se primeiro o usuário tivesse que ter o problema para só então buscar ajuda. O controle e a regulação deveriam ser mais rigorosos”
Anthony Wong reforça que até os comprimidos de venda livre, como paracetamol e ácido acetilsalicílico, podem trazer danos e não estão livres de risco.
“Controle na dispensação das drogas, uso racional, venda de doses certas para a duração do tratamento (e que evitam sobras) são passos importantes para mudar o cenário dos acidentes com medicamentos”, diz.
Serviço: O Disque-IntoxicaçãoA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza um telefone para informações de atendimento e esclarecimento à população. O número do Disque-Intoxicação é 0800-722-6001, a ligação é gratuita e o usuário é atendido por uma das 36 unidades da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat), presente em 19 estados. (Saúde.ig)
Ceatox/PE registra 8 casos de morte decorrente de intoxicação por medicamentos
De janeiro a julho de 2015, o estado de Pernambuco Ao longo deste ano, o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox/PE) já notificou 293 casos de intoxicação por medicamentos. Desse total, oito pessoas vieram a óbito. O número de mortos já é o dobro do registrado em todo o ano de 2014, com 462 casos notificados e quatro vítimas fatais. O centro chama ainda atenção para o risco dessas intoxicações em crianças, principalmente neste período de férias, quando elas passam mais tempo em casa. De janeiro a junho, já foram registrados 130 casos de acidentes no público infantil. No mesmo período de 2014, foram registrados 105 casos nessa faixa etária.(UOL)
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