segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Chocolate, Páscoa, Trabalho Escravo Infantil - Você conhece esta relação?



AS SETE MARCAS DE CHOCOLATE QUE UTILIZAM TRABALHO ESCRAVO INFANTIL - Um outro amigo diz: "o negocio é parar de comer chocolate escravo e focar no cacau nacional!" - Quem dera fosse simples assim! Nestlé comprou a Garoto!!!
Com a proximidade da Páscoa, muitos pais ainda se deixam seduzir pela beleza dos ovos de chocolate em exposição. Crianças hiperativas ficam MUITO mais agitadas com chocolate, este industrializado, pelo excesso de aditivos (conservantes, espessantes, emulssionantes, corantes, etc. além do açúcar refinado, invertido, glucose de milho transgênico e tudo o mais). Não é um produto saudável, exceto os feitos à base de cacau in natura, os artesanais, que levam bem menos açúcar e que é o demerara (no máximo, açúcar cristal orgânico). Agora, você sabia que, além de todos estes fatores, também existe todo um mundo de escravidão, tráfico e trabalho ilegal de crianças nesta indústria?
Atentem-se, pais! Para estas pobres crianças envolvidas pelo trabalho escravo, também é Páscoa! Daí, perguntam qual adquirir, sendo que mesmo os artesanais não mostram a procedência, além de conter ovo e leite... Melhor de tudo é chegar nas lojas de produtos naturais, saber da procedencia do cacau (em pó, ou, mais raro, em fruto) e realizar seu próprio! Há várias sugestões de chocolate vegano na web. #ficaadica Abraços


Por Marise Jalowitzki
publicado neste blog em 29.fevereiro.2016
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/02/chocolate-pascoa-trabalho-escravo.html
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2016/02/chocolate-pascoa-trabalho-escravo.html
Com a proximidade da Páscoa - data associada, infelizmente, mais a comer chocolates que pensar em Ressurreição-Mudanças-Individuaise-Coletivas - é importante relembrar: PROCURE SABER A ORIGEM DO CHOCOLATE QUE VOCÊ CONSOME!! E não é só sobre venenos (o que também é super importante!). E, como mãe e pai, você já sabe: chocolate, desse industrializado, pleno de aditivos, é uma bomba para os hiperativos. (Procure por cacau in natura e use o mínimo de açúcar (preferencialmente o demerara ou mascavo). TAMBÉM, quero ressalvar aqui sobre o TRABALHO ESCRAVO INFANTIL, que está cruelmente vinculado à produção e extração do cacau. Divulgue, procure saber mais, boicote quem não tem preocupação social.
Recebi há pouco: "Olá, Marise, hj li o texto sobre o trabalho escravo infantil com cacau. Absurdo isso acontecer ainda nesta época. Quero descobrir se há alguma empresa que não importe essa matéria prima da Costa do Marfim aqui no Brasil. Kopenhagen, Lindt estão na lista dos que importam cacau da Costa do Marfim. Agora resta saber se estas que conheço tb estão na lista negra: Ofner, Munik. Agradeço se tiver alguma informação."
O que respondi: Infelizmente não tenho esta informação, N.! O que tenho são estes nomes que importam cacau da Costa do Marfim: Nestlé (a maior cliente!), a Kopenhagen, Lindt (que é o que tens, também). Inclui a Arcor (creio que é Argentina). Continuemos antenadas. Quem descobrir primeiro, informa pra outra, ok? Sim, um ultraje, uma crueldade, pobres crianças!! Abs
Procurando até quase 3h da manhã, encontrei esta informação:
  1. Hershey
  2. Mars
  3. Nestlé
  4. ADM Cocoa
  5. Godiva
  6. Fowler’s Chocolate
  7. Kraft
(EXTRAÍDO DE "O PLANETA QUE TEMOS")

Excerto de artigo publicado frente à denúncia do documentário:
O que o cidadão comum pode fazer?
Em um mundo com tantos desvios, o que podemos nós, você e eu, cidadãos comuns, que pouco podem influenciar nas grandes decisões?
PARAR DE USAR OS PRODUTOS DESSAS MEGA EMPRESAS IRRESPONSÁVEIS, cujo único compromisso é com a lucratividade imediata.

 
Nestlé assinou o Protocolo do Cacau, em 2001
 NESTLÉ

COMO uma multinacional como a NESTLÉ, por exemplo, não fiscaliza a ORIGEM da mão-de-obra dos produtos que usa para o fabrico de seus deliciosos produtos? 

ONDE estão os programas de dignificação do ser humano, o monitoramento dessas crianças e adolescentes. 

As crianças são vendidas, não estudam, são obrigadas a trabalhar até 16 puxadas horas por dia, com pouca água e alimento frugal, vivem em acampamentos/alojamentos precários. Como escravos.

QUAL A COR DO SELO PARA IDENTIFICAR UMA EMPRESA QUE NÃO SE PREOCUPA COM O TRABALHO ESCRAVO INFANTIL?

 
Selo Verde - produtos ecologicamente corretos
 Sim, pois se o "Selo Verde" é dado às empresas que aderem a produtos ecológicos - selo esse que garante a procedência e a qualidade do produto - é preciso que surja um selo que identifique, também, quais as empresas que se preocupam com a dignidade daqueles que são o início da malha produtiva: os colhedores. No caso deste artigo, os colhedores de cacau.

Há várias matérias a respeito do tema na internet. Escolhi uma sequência de videos do jornalista dinamarquês MIKI MISTRATI que cobre em detalhes toda a trama. Inclusive, com perguntas diretas a ricos empresários em eventos internacionais, onde pipocam propagandas de crianças lindas, louras, olhos azuis, se deliciando com chocolates, em meio ao aconchego do seio familiar, pai e mãe, cheios de sorrisos e afeto. Como deve ser. Para todos.
PORQUE TUDO ISSO É VETADO AO NEGRINHO, POBRE E DESCALÇO?

Costa do Marfim - Autoridades sabem do tráfico. E negam.

UM DIA, POR ALGUÉM, A MUDANÇA, PARA MELHOR, TEM DE COMEÇAR.

A Nestlé, assim como as multi Mars e Berry Callebaut assinaram, em 2001, o Protocolo do Cacau, comprometendo-se a erradicar o trabalho escravo, principalmente o infantil, até 2008.



Para ler o artigo na íntegra, clique neste título:
Cacau - Qual a cor do selo anti-tráfico infantil?
 


Por Marise Jalowitzki

http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2011/04/nestle-e-costa-do-marfim-qual-cor-do.html?spref=tw


Os videos que havia publicado em 2011, foram removidos. Trata-se de um documentário envolvendo a cruel indústria, feita a duras penas pelo jornalista Miki Mistrati, nascido a 31 de janeiro de 1968 (48 anos)
Agora, só há partes, igualmente válidas.
Não deixe de assistir.
"O chocolate que consumimos é produzido com o uso de trabalho infantil e tráfico de crianças?
O premiado jornalista dinamarquês, Miki Mistrati, decide investigar os boatos. Sua busca atrás de respostas o leva até Mali, na África Ocidental, onde cameras ocultas revelam o tráfico de crianças para as plantações de cacau da vizinha Costa do Marfim. A Costa do Marfim é o maior produtor de cacau, respondendo por cerca de 40% da produção mundial. Empresas como a Nestlé, Barry Callebaut e Mars assinaram em 2001 o Protocolo do Cacau, comprometendo-se a erradicar totalmente o trabalho infantil no setor até 2008. Será que o seu chocolate tem um gosto amargo? Acompanhe Miki até a África para expor "O Lado Negro do Chocolate"."



Protocolo do Cacau

Video original, legendado em português, contendo todo o documentário, com mais de 1 hora de duração, foi removido do youtube.

Ficaram estes:
Links dos videos:

O Lado Negro do Chocolate - Documentário Legendado PT- 46min - Com legenda em português - https://www.youtube.com/watch?v=zESgFuJ_wy8

PARA ATIVAR A LEGENDA, CLICA PRIMEIRO EM "DETALHES", DEPOIS EM "LEGENDA" 


domingo, 28 de fevereiro de 2016

Novo Estudo aponta Terapia Comportamental como melhor tratamento à criança com TDAH - The New York Times

William E. Pelham liderou um novo estudo sobre as opções de tratamento para crianças com problemas de déficit de atenção e-ou hiperatividade. Na imagem, Dr. Pelham em um acampamento de verão com foco em treinamento de habilidades sociais. CréditoFlorida International University



 É preciso promover atividades onde o aluno possa identificar quais as coisas que mais lhe despertem interesse: são os fios, a eletricidade, os projetos eletrônicos; é o teatro, a dança, a pintura, a música? É a questão ambiental, os projetos de agroecologia? É a questão humanitária, auxiliando a comunidade carente do entorno em projetos simples e que podem proporcionar melhor qualidade de vida? É a literatura, promovendo ações sociais de conscientização, distribuindo panfletos? Ou é a construção de histórias e romances? Ou a mistura de soluções químicas? A análise biológica? Tanta, tanta coisa que pode cativar, tornando menos áspero o dia a dia escolar, incentivando, inclusive, para as disciplinas que menos gosta.    

(Marise Jalowitzki - Pág 194 – Livro TDAH Crianças que Desafiam)














O que temos comentado, defendido e praticado sempre, começa a se tornar uma práxis. Cada vez mais cientistas focam no atendimento emocional, em proporcionar ambientes amplos e livres, em deixar a criança à vontade para efetivar seu aprendizado. Terapia comportamental que envolve a família e os educadores, o contexto integral onde a criança atua. Viva!








Realidade Brasileira
Como a nossa realidade ainda apresenta carência de tratamento comportamental gratuito ou de baixo custo, deixo um apelo aos profissionais desta área (psicólogos, psiquiatras, psicopedagogos, coaches: PROMOVAM MAIS ESTE TIPO DE ENCONTROS, também com preço acessível, estimulando pais e educadores a participar com seus filhos e-ou alunos! Toda a sociedade ganha com isto!

Outro dia escutei de um juiz, ao fazer declarações após ocorrencias de crimes promovidos por jovens para comprar drogas. "O que notamos é que a maior incidencia são jovens que desistiram de estudar por não se sairem bem nos estudos e-ou nas relações. Pais e professores precisam se unir para segurar estas crianças e adolescentes em sala de aula. Isto irá diminuir o índice de criminalidade, pois o jovem estará com o tempo ocupado, fazendo atividades atrativas. Quando ele não encontra nada disto, envereda para o mundo das drogas!"

Este artigo - resultado de pesquisa - comenta sobre o envolvimento dos pais e professores, aprimoramento emocional. Os Capítulos 13, 14, 15 e 16 do Livro TDAH Crianças que Desafiam tratam especificamente deste tema. O Capítulo 16 traz várias atividades, técnicas comportamentais, para aplicação com grupos de pais, educadores, com ou sem a presença das crianças.
Avante!
Tudo está interrelacionado. Tudo que fazemos em prol de uma criança para que viva em um mundo mais saudável, estamos fazendo por nós mesmos.








Terapia Comportamental como melhor tratamento à criança com TDAH




Publicado em Fevereiro 17 de 2016 no NYTimes  http://www.nytimes.com/2016/02/18/health/early-behavior-therapy-found-to-aid-children-with-adhd.html
Neste blog, em 28.fevereiro.2016 http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/02/novo-estudo-aponta-terapia.html


Crianças com problemas de déficit de atenção melhoram mais rapidamente quando o primeiro tratamento que recebem é comportamental - como instrução em habilidades sociais básicas - do que quando eles começam imediatamente a medicação, aponta um novo estudo. Começando o tratamento com a terapia comportamental acaba se tornando, também, uma opção mais barata a longo prazo, de acordo com análise feita.

Especialistas dizem que a eficácia desta abordagem comportamental como primeira intervenção, se replicado em estudos maiores, poderia mudar a prática médica padrão, que hoje favorece os estimulantes como Adderall e Ritalin como tratamentos de primeira linha. Atualmente, os Estados Unidos registram mais de quatro milhões de crianças e adolescentes com um diagnóstico de transtorno de hiperatividade do déficit de atenção ou ADHD 

A nova pesquisa, publicada em dois artigos pelo Journal of Clinical & Criança Psicologia do Adolescente , descobriu que os estimulantes (psicotrópicos) foram mais eficazes como um tratamento suplementar, de segunda linha e administrados para aqueles vistos como efetivamente necessário - e muitas vezes em doses que foram inferiores ao normalmente prescrito

O estudo é o primeiro de seu tipo nesta área (técnicas comportamentais para tdah) e foi projetado para avaliar o efeito de alterar os tipos de tratamento em médio prazo - como a adição de uma droga para a terapia de comportamento, por exemplo, ou vice-versa.
"Nós mostramos que a sequência que você dá aos diferentes tratamentos faz uma grande diferença nos resultados", disse William E. Pelham, da Universidade Internacional da Flórida, um dos líderes do estudo com Susan Murphy, da Universidade de Michigan. "As crianças que começaram com terapia comportamental estavam significativamente melhor do que aquelas que começaram com a medicação e continuaram com ela até o final, não importa com qual combinação de tratamento elas acabaram."
Outros especialistas advertiram que o estudo rastreou o comportamento, mas não outras habilidades que a medicação pode rapidamente melhorar, como atenção e desempenho escolar, e dizem que as drogas continuam a ser o tratamento de primeira linha para as questões centrais.

Baixo Custo
"Eu acho que este é um estudo muito importante, pois, além de eficaz, trata-se de uma abordagem de low-cost(baixo custo), o que torna o tratamento comportamental muito eficaz", disse Mark Stein, professor de psiquiatria e pediatria na Universidade de Washington, "mas a ironia é que essa opção está raramente disponível para os pais. "
O estudo envolveu 146 crianças com diagnóstico de TDAH entre as idades de 5 a 12 anos - distribuídos aleatoriamente: metade com uma dose baixa de genéricos Ritalin. A outra metade não recebeu nenhuma medicação, e seus pais começaram a frequentar reuniões de grupo para aprender técnicas de modificação do comportamento. 
A modificação de comportamento para o TDAH é baseado em um sistema bastante simples de recompensas e consequências. Os pais recompensam os bons ou cooperativos atos que vêem; coisas sutis, como prestar atenção por alguns momentos, pode ganhar um tapinha nas costas ou um "bom menino". Concluindo a lição de casa sem reclamação pode ganhar tempo em seu smartphone. Os pais reter privilégios, como playtime ou jogos de vídeo, ou aplicar um "time out" (tempo-esgotado) em resposta ao desafio ou outro mau comportamento.
E eles (pais) aprendem a ignorar propostas irritantesdos filhos, mas inofensivas, feitas para ganhar a atenção, como fazer barulhos estranhos, batendo ou agindo como um bebê.
Os pesquisadores acompanharam pais e professores das crianças, avaliando os seus comportamentos, incluindo a gravação de problemas disciplinares. A avaliação da escola incluiu um "cartão de relatório diário", descrevendo o dia da criança.





Relato de Mãe
Jacqueline Vaquer de Miami e seu marido levou seu filho Alec, que recebeu um diagnóstico de TDAH em 5 anos, a um curso de modificação do comportamento e aprendi, entre outras coisas, como reduzir suas andanças em sala de aula.
"Nós criamos um limite em torno de sua mesa com fita adesiva, e o professor manteve controle de quantas vezes ele ultrapassou", disse Vaquer. A cada semana, ela disse, "se ele reduziu o número de voltas, ele tem uma pequena recompensa, como um brinquedo ou sua sobremesa favorita", disse ela. Alec, 6, é agora capaz de sentar-se ainda que por longos períodos em sala de aula e não tem ido à medicação, disse sua mãe.



Depois de dois meses, o estudo - que durou um ano - tomou um rumo inovador. Se uma criança não tinha melhorado, ele ou ela foi atribuído aleatoriamente em um dos dois campos: uma versão mais intensa de um mesmo tratamento, ou um suplemento adicional, como a adição de uma dose diária de medicação para a modificação de comportamento. Cerca de dois terços das crianças que começaram com a terapia comportamental necessitaram de reforço, e cerca de 45 por cento das pessoas que começaram com a medicação também necessitaram intensificar.
Mas o grupo que tinha começado com a terapia comportamental como primeira intervenção, tinha uma média de menos quatro violações de regras por hora na escola, em relação ao grupo que tomou medicação em primeiro lugar.

Envolvimento dos pais


Uma provável razão, declararam os autores do estudo, era que pais de crianças que iniciaram o tratamento com a droga estavam menos interessados ​​em seguir com as classes de comportamento, que envolveu oito sessões de grupo ao longo do ano e uma lição individualizada. "A modificação comportamental dá um monte de trabalho, e eles podem ter pensado:" Bem, isso não vai fazer muita diferença ", disse Dr. Pelham.
Em um artigo separado, Dr. Pelham e um conjunto diferente de autores compararam os custos das diferentes sequências de tratamento, tendo em conta o preço dos medicamentos, 'o tempo dos médicos e o tempo dos pais'.

Relação custos financeiros e psicológicos
Pais que começaram com o tratamento comportamental para si e para os filhos, - utilizando medicação, só se necessário, têm um custo médio de US $ 700 a menos por ano por criança do que o tratamento costumeiro, em que um médico escreve prescrições e monitora periodicamente o comportamento, observa a equipe.
A análise não considerou o custo psicológico para os pais - em termos de acessos de raiva de uma criança, portas batidas e utensílios de mesa atirados - [que o que vão aprendendo a lidar com a] realização de técnicas comportamentais.

Uma versão deste artigo aparece na imprensa em 18 de fevereiro de 2016, na página A12 da edição de New York com a manchete: Terapia Comportamental encontrado como sendo melhor como primeiro passo".

Toda esta página consta também no Linkedin - https://www.linkedin.com/pulse/terapia-comportamental-como-melhor-tratamento-%C3%A0-com-tdah-jalowitzki?published=u

https://www.linkedin.com/pulse/terapia-comportamental-como-melhor-tratamento-%C3%A0-com-tdah-jalowitzki?trk=prof-post 


 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

blogs:
www.tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br


LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

TDAH e as Relações Familiares

Assim, famílias que costumam: "Utilizar apelidos pejorativos e xingamentos nos momentos de raiva" Devem tentar hábitos mais positivos como: "Expressar raiva sem usar palavras que possam ferir, humilhar ou rotular". (pág 174 - Livro TDAH Crianças que Desafiam)


Por Marise Jalowitzki
25.fevereiro.2016
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/02/tdah-e-as-relacoes-familiares.html
Quando os problemas surgem em família envolvendo o comportamento do filho é comum pais terem opiniões diversas. Geralmente, nestes casos, pais assumem uma atitude mais agressiva, que pode envolver gritos e xingamentos; enquanto mães, mesmo entendendo que o pai tem razão, fica com pena do pequeno e passa a defendê-lo. A questão dos pais terem posições opostas é altamente prejudicial ao aprendizado emocional do pequeno. Pais precisam conversar muito entre si para adotar uma posição de comum acordo. Quando o pai é muito nervoso, e julga não conseguir se controlar na hora de uma reprimenda, melhor ele dar uma volta e retornar somente quando 'esfriar a cabeça'. Isto não é omissão, é estratégia. Até o pai conseguir se autorregular. 
É um esforço conjunto. 
Quando a mãe, após não concordar com a aspereza do pai em relação ao filho, mesmo sendo movida por Amor, o que a criança percebe é: "Sou um injustiçado e estou certo neste comportamento!". Ou seja, o comportamento tende a se exacerbar, pois a criança entende que "é assim mesmo" e cresce a noção de que "tem um problema", quando, na verdade, tem uma dificuldade, o que é bem diferente.
A situação não deixa de ser complexa. Pois, ao mesmo tempo que a criança precisa de apoio emocional para não se sentir desamparada [já que situações de desamparo, de sentir-se sozinho são péssimas pra autoestima], também recebe um reforço de 'coitadinho'. Ter dificuldades não é ser um coitadinho. É ter dificuldades. Dificuldades que nós, enquanto adultos, também temos, em diferentes campos. No Capítulo XIII - Relações Familiares e TDAH - Livro TDAH Crianças que Desafiam há várias situações familiares que podem (e devem) ser modificadas para que tudo transcorra bem melhor. Não se trata apenas de exigir que o filhote 'mude', também a forma de tratar dentro do lar precisa passar por uma reciclagem.  
Assim, famílias que costumam: "Utilizar apelidos pejorativos e xingamentos nos momentos de raiva" Devem tentar hábitos mais positivos como: "Expressar raiva sem usar palavras que possam ferir, humilhar ou rotular". (pág 174)
O hábito de, por exemplo: "Criticar o tempo todo, encontrando sempre, com mais força, o pior no(s) outro(s) e nos diferentes aspectos da vida. Criticar e maldizer pode se tornar um hábito." - precisa ser transmutado em: "Apontar o que está errado, sim, lembrando, também, de elogiar e apontar o bom. Dois elogios para cada crítica é sempre uma boa prática. Mesmo ao comentar coisas mais gerais, apontar o lado bom (ou, pelo menos, a boa intenção), forma pessoas mais equilibradas e justas." (pág 174) 
Há também as situações onde o pequeno, geralmente com mais dificuldade de engendrar uma conversa, demora um tanto mais para se expressar. Algumas família costumam 'completar' a fala da criança. O que é altamente prejudicial. Assim, famílias que costumam: Tentar antecipar-se ao que o outro provavelmente está pensando. Tentar “ler a mente”, dizendo: “Eu sei muito bem o que você está pensando!”, devem tentar hábitos mais positivos, deixando a criança/adolescente expressar seu pensamento; recomendável a família adotar uma postura assim: "Perguntar o que o outro está pensando, o que ele acha, o que está sentindo, qual a sua opinião, faz com que ele tenha vontade de participar e contribuir." (pág. 175). 
Enfim, são muitos os aspectos a serem revistos. Com boa vontade, muito Amor e Perseverança, tod@s chegamos lá. A vontade de mudar é mais de meio caminho andado! 
Abraços 
Marise Jalowitzki





 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

blogs:
www.tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br


LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade