quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

TDAH e as Relações Familiares

Assim, famílias que costumam: "Utilizar apelidos pejorativos e xingamentos nos momentos de raiva" Devem tentar hábitos mais positivos como: "Expressar raiva sem usar palavras que possam ferir, humilhar ou rotular". (pág 174 - Livro TDAH Crianças que Desafiam)


Por Marise Jalowitzki
25.fevereiro.2016
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/02/tdah-e-as-relacoes-familiares.html
Quando os problemas surgem em família envolvendo o comportamento do filho é comum pais terem opiniões diversas. Geralmente, nestes casos, pais assumem uma atitude mais agressiva, que pode envolver gritos e xingamentos; enquanto mães, mesmo entendendo que o pai tem razão, fica com pena do pequeno e passa a defendê-lo. A questão dos pais terem posições opostas é altamente prejudicial ao aprendizado emocional do pequeno. Pais precisam conversar muito entre si para adotar uma posição de comum acordo. Quando o pai é muito nervoso, e julga não conseguir se controlar na hora de uma reprimenda, melhor ele dar uma volta e retornar somente quando 'esfriar a cabeça'. Isto não é omissão, é estratégia. Até o pai conseguir se autorregular. 
É um esforço conjunto. 
Quando a mãe, após não concordar com a aspereza do pai em relação ao filho, mesmo sendo movida por Amor, o que a criança percebe é: "Sou um injustiçado e estou certo neste comportamento!". Ou seja, o comportamento tende a se exacerbar, pois a criança entende que "é assim mesmo" e cresce a noção de que "tem um problema", quando, na verdade, tem uma dificuldade, o que é bem diferente.
A situação não deixa de ser complexa. Pois, ao mesmo tempo que a criança precisa de apoio emocional para não se sentir desamparada [já que situações de desamparo, de sentir-se sozinho são péssimas pra autoestima], também recebe um reforço de 'coitadinho'. Ter dificuldades não é ser um coitadinho. É ter dificuldades. Dificuldades que nós, enquanto adultos, também temos, em diferentes campos. No Capítulo XIII - Relações Familiares e TDAH - Livro TDAH Crianças que Desafiam há várias situações familiares que podem (e devem) ser modificadas para que tudo transcorra bem melhor. Não se trata apenas de exigir que o filhote 'mude', também a forma de tratar dentro do lar precisa passar por uma reciclagem.  
Assim, famílias que costumam: "Utilizar apelidos pejorativos e xingamentos nos momentos de raiva" Devem tentar hábitos mais positivos como: "Expressar raiva sem usar palavras que possam ferir, humilhar ou rotular". (pág 174)
O hábito de, por exemplo: "Criticar o tempo todo, encontrando sempre, com mais força, o pior no(s) outro(s) e nos diferentes aspectos da vida. Criticar e maldizer pode se tornar um hábito." - precisa ser transmutado em: "Apontar o que está errado, sim, lembrando, também, de elogiar e apontar o bom. Dois elogios para cada crítica é sempre uma boa prática. Mesmo ao comentar coisas mais gerais, apontar o lado bom (ou, pelo menos, a boa intenção), forma pessoas mais equilibradas e justas." (pág 174) 
Há também as situações onde o pequeno, geralmente com mais dificuldade de engendrar uma conversa, demora um tanto mais para se expressar. Algumas família costumam 'completar' a fala da criança. O que é altamente prejudicial. Assim, famílias que costumam: Tentar antecipar-se ao que o outro provavelmente está pensando. Tentar “ler a mente”, dizendo: “Eu sei muito bem o que você está pensando!”, devem tentar hábitos mais positivos, deixando a criança/adolescente expressar seu pensamento; recomendável a família adotar uma postura assim: "Perguntar o que o outro está pensando, o que ele acha, o que está sentindo, qual a sua opinião, faz com que ele tenha vontade de participar e contribuir." (pág. 175). 
Enfim, são muitos os aspectos a serem revistos. Com boa vontade, muito Amor e Perseverança, tod@s chegamos lá. A vontade de mudar é mais de meio caminho andado! 
Abraços 
Marise Jalowitzki





 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

blogs:
www.tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br


LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade

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