Meu empenho persistente, de alguns anos para cá, é no sentido de alertar e esclarecer os pais para que conheçam e se informem cada vez mais sobre o que representa uma filosofia medicalizante no que tange ao desenvolvimento, especialmente escolar, intelectivo, de seus filhotes.
Organizações no mundo inteiro, incluindo o Brasil, tem se movimentado no sentido de frear o consumo de psicotrópicos em crianças e jovens.
Como segundo maior consumidor do mundo de metilfanidato (Ritalina, Concerta e outros), o tema vem ganhando [finalmente] também a preocupação do Ministerio da Saúde no Brasil. Porém, enquanto as autoridades debatem, as crianças continuam sendo medicalizadas e as vítimas devido aos riscos dos efeitos colaterais, se é que há pesquisas, ainda não estão sendo divulgadas. Os casos existem, alguns chegam ao conhecimento, mas as mães preferem não divulgar nomes.
FELIZMENTE, algumas mães decidem romper com este círculo vicioso vendido pelas farmacêuticas e tantos médicos, que, perversamente, pretende "resolver o problema" com uma receita de remédio controlado.
Organizações no mundo inteiro, incluindo o Brasil, tem se movimentado no sentido de frear o consumo de psicotrópicos em crianças e jovens.
Como segundo maior consumidor do mundo de metilfanidato (Ritalina, Concerta e outros), o tema vem ganhando [finalmente] também a preocupação do Ministerio da Saúde no Brasil. Porém, enquanto as autoridades debatem, as crianças continuam sendo medicalizadas e as vítimas devido aos riscos dos efeitos colaterais, se é que há pesquisas, ainda não estão sendo divulgadas. Os casos existem, alguns chegam ao conhecimento, mas as mães preferem não divulgar nomes.
FELIZMENTE, algumas mães decidem romper com este círculo vicioso vendido pelas farmacêuticas e tantos médicos, que, perversamente, pretende "resolver o problema" com uma receita de remédio controlado.
No Livro TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM publico, entre outros, o que a Comissão de Bioética Médica da Suíça (pais onde "nasceu" a Ritalina) emitiu em seu Parecer nº 18/2011. Transcrevo uma parte aqui:
"O aprimoramento [obtido através do consumo de substâncias farmacológicas] reduz consideravelmente a liberdade dos filhos e prejudica o
desenvolvimento de sua personalidade.
A pressão aplicada sobre as crianças para se conformar, seja por seus pais, seja por instituições de ensino, impõe um padrão de normalidade que diminui a tolerância em relação ao modo de ser infantil. Isto pode reduzir a variedade de temperamentos e estilos de vida e, em última análise, prejudicar o direito da criança a um caminho aberto da vida." (págs. 148 e 149)
IIº Relato da mãe Luciana Iwamoto - Japão
Por Marise Jalowitzki e Luciana Iwamoto
09.novembro.2015
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2015/11/tdah-sem-medicacao-praticas-que-dao.html
Há cerca de um ano, a amiga Luciana permitiu a publicação deste artigo no blog, além da divulgação no grupo TDAH Crianças que Desafiam, no Facebook.
Ali consta a descrição de muitas atividades e intervenções que ela, generosamente, compartilha, no afã de ser útil para outras mamães e professoras. Sempre que publico algo de uma escola que consegue implementar uma mudança positiva efetiva, há um ou outro comentário no sentido de "é porque é particular". Neste caso, a Luciana e sua família são brasileiros radicados no Japão e, quando as mamães de outro país escrevem, também aparecem exclamações como: "Ah, isso é no Japão! Aqui é diferente!" (ou Portugal, ou Espanha, ou Reino Unido, Chile, etc.).
Sim, é verdade, mas percebo como super importante continuar divulgando estas práticas - simples e excelentes - que podem ser adotadas por outros educadores também por aqui, ou em qualquer parte do mundo onde este artigo seja lido. Como faço questão de lembrar frequentemente, o Artigo 15 da Lei de Diretrizes e Bases, dá autonomia para a direção de uma escola para implantar a metodologia que julgar mais efetiva em seu estabelecimento. Assim, mudanças, maiores ou menores, são possíveis de acontecer.
Para ler, clique no titulo:
Neste intuito, transcrevo o relato que, um ano após, a devotada mãe encaminha, e novamente autoriza a divulgação identificada. "Assim como quero o melhor para o meu filho,quero que outras crianças tenham a mesma oportunidade..."
"Olá
Marise, quero te contar as novidades. Sei que vai gostar, pois todos os progressos
que tivemos,foram sem nenhum medicamento. Somente com muito
amor, carinho, paciência e com a maravilhosa ajuda de um batalhão de anjos, é
assim que eu chamo os professores da escola onde meu filho está.
Não é fácil,mas
a cada conquista,cada avanço é comemorado. Muito comemorado!
Antes dele
começar na nova escola, pedi a Deus que mandasse um anjo para ser sua
professora. Como Deus faz muito melhor do que aquilo que pedimos, mandou logo um
batalhão!!! Todos,desde a cozinheira até o diretor, têm se empenhado para
garantir ao meu filho as condições necessárias para que ele possa aprender, com
alegria e segurança.
Uma coisa que a professora dele me disse, fez com que eu me
enchesse de confiança nestes profissionais. Ela me disse:
"Queremos saber do
que ele gosta, do que podemos fazer por ele, quais os métodos que podemos
utilizar, queremos aprender como deixá-lo confiante." E muitas outras
coisas, que me deixaram bem mais tranquila."
Esta é uma parte BEM importante:
"Faz 7 meses que o Gugu começou o
primeiro ano do primário. Logo no começo, foi muito difícil mostrar pra ele que
horários e outras tantas coisas iriam mudar. Mas nós também tivemos que nos
adequar a essa nova fase.
Aos poucos fomos descobrindo do que ele gosta e do que não.
Aos poucos fomos descobrindo do que ele gosta e do que não.
Por exemplo:
Como ele se distrai facilmente, ele prefere ficar numa
outra sala, só ele, ou, por vezes, com um coleguinha, que também é hiperativo e uma professora
auxiliar (que aliás tem muita experiência com crianças que precisam de mais
atenção; muito carinhosa, paciente e que escreve tudo num caderno para que eu
saiba o que ele fez e o que não). Mas ele fica nessa sala somente nas aulas de
matemática e japonês, nas outras fica com o restante da turma, mas só se ele
preferir."
(não comparação com os outros )
Meu pequeno não gosta das aulas de educação física, achamos que ele tem medo de não
conseguir acompanhar os outros coleguinhas. Por isso, temos mostrado a ele o que
ele antes não conseguia fazer e que agora já faz. Incentivo,isso é o que até mesmo a
pediatra nos disse para fazer, mesmo antes de eu falar, ela já disse: "Eu não
gosto de prescrever medicamentos!"
Em dezembro ele vai passar por mais
exames, mas somente para sabermos a real evolução e quais os passos para o
próximo ano. Mas já são visíveis as mudanças. Embora esteja um pouco atrasado nas
matérias, lê bem, escreve dois tipos de ideogramas japoneses, o hiragana e o
katakana e já começou a aprender kanjis. Faz contas de adição e subtração, com um
pouco de dificuldade, mas faz. Tenho usado todos os recursos possíveis para
ensiná-lo.
Sento junto com ele e ajudo na lição de casa, mas se ele não
consegue focar, brincamos um pouco e só depois de descontrair um pouco, voltamos à lição. O vocabulário dele também melhorou bastante, tanto em português, quanto
em japonês.
Todos aqui em casa têm
ajudado nos cuidados. Pelo menos uma vez na semana, um de nós vai à escola ver
como andam as coisas. Como ele gosta de ir à biblioteca, toda semana levo ele lá, pelo
menos 5 livros traz pra casa.
Essa foto é do caderno onde a professora escreve, isso o tem incentivado bastante para fazer tudo certo. Ele pede pra
professora escrever.
Gugu não gosta muito de brincar com crianças da
mesma idade; ou bem mais velhas, ou bem mais novas.
Como gosta de
dinossauros, vai ser um na peça de teatro do fim do ano. Quando estavam
escolhendo os personagens, a professora perguntou quem queria ser o
dinossauro. Como ele não estava na sala nessa hora, todos os amiguinhos disseram
para a professora dar o papel para ele, pois assim ele ficaria mais feliz ao
fazer a peça.
Todos entendem que ele é diferente, não se espantam quando ele
prefere ficar dentro do armário, ou debaixo da mesa, quando há uma situação
diferente do normal. Tem dias que ele está mais focado e outros que parece estar
com a cabeça em outro lugar. Nesses dias as professoras deixam ele mais
solto, levam para passear fora da sala, na biblioteca ou no jardim. Não o forçam a
nada, pois ele acaba ficando irritado e agressivo sob pressão. Aos poucos vai se autorregulando. Cada dia é dia de descobertas. De aprendizado, dele e nosso. Mas uma alegria imensa a cada
conquista.
Desculpe-me pelo longo texto. E obrigada pelos textos que você posta, que tem nos ajudado bastante. Até outro dia. Beijinhos."
Luciana, desejo, de coração, que tudo continue neste nível de satisfação, querida amiga! E que em todas as escolas possa acontecer esta humanização da Educação! E todas as mamães e professoras e orientadoras educacionais que lêm este post. Crianças merecem e precisam de Respeito e Acolhimento Amoroso para que possam evoluir. Crescer sem traumas. É para isso que nascem. Para ter um futuro promissor, onde as experiências vividas possam ser disseminadas em suas vidas, no futuro, ampliando as condições de Paz em todo o planeta!
Beijos!
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Para os que tem dúvidas em relação à medicalização de psicotrópicos em crianças
Protocolo de Autópsia - Morte do Menino Matthew devido ao uso prolongado de Ritalina
""Insuficiência Coronária Aguda devido a Doença Isquêmica do Coração devido ao uso a longo prazo de metilfenidato (Ritalina)"- Ritalin, em inglês. Dr. Ljuba Dragovic, o Chefe Patologista de Oakland County, Michigan |
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar
Déficit de Atenção e Hiperatividade
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar
Déficit de Atenção e Hiperatividade
Contra o uso indiscriminado de metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta
Gostaria de saber se tem indicaçao de especislistas que fazem tratamento sem medicamentos alopaicos ou psicotrópicos em Sao Paulo, preferencialmente no ABC.
ResponderExcluirDesde já agradeço.
Tem vários, querida, dá uma olhadinha neste link: http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com/2015/09/relacao-de-profissionais-brasileiros.html Desejo o melhor para teu amadinho! Bjs
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