Modafinil, Stavigile no Brasil, comercializada também como Provigil, Vigil, Modioda, Modavigil, Vigicer. Nos EUA, os riscos foram considerados altos demais e o medicamento foi proibido para crianças. |
Publicado neste blog em 27.abril.2017
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2017/04/sobre-o-uso-de-modafinil-e-ritalina-em.html
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Os estudos de Ahmed Dahir Mohamed comprovam que o uso desses remédios sem necessidade clínica pode causar efeito contrário, comprometendo capacidades cognitivas. É o caso dos trabalhos com o modafinil. “Tomar modafinil parece reduzir a criatividade ou o pensamento ‘fora da caixa’ em pessoas saudáveis que normalmente são criativas”, aponta.
UNISINOS ENTREVISTA Ahmed Dahir Mohamed (veja sinopse biográfica ao final)
IHU On-Line – Que efeitos colaterais podem ser atribuídos ao uso desse tipo de drogas?
IHU On-Line – Que efeitos colaterais podem ser atribuídos ao uso desse tipo de drogas?
Ahmed Dahir Mohamed – Estudos experimentais mostraram que o modafinil, por exemplo, pode causar sérios efeitos colaterais, que incluem um prurido e reações alérgicas. Esses efeitos colaterais incluem boca seca, restrição do apetite, perturbações gastrointestinais, incluindo náuseas, diarreia, constipação e dispepsia, dor abdominal, taquicardia, vasodilatação, dor no peito, palpitações, dor de cabeça, incluindo enxaqueca, ansiedade, distúrbios do sono, tonturas, sonolência, depressão, confusão, parestesia, astenia, perturbações visuais, Síndrome de Stevens-Johnson (*leia sobre SSJ - além de esfoliação - queima e coceira da pele - provoca alucinações, irritabilidade e pensamentos suicidas) e necrólise epidérmica tóxica.
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SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON
Síndrome de Stevens-Johnson (SJS) e um novo fármaco anti-epiléptico, oxcarbazepina, está estruturalmente relacionado com a carbamazepina, também tem sido demonstrado como indutor de SJS." ( NCBI -Gov.EUA) - Trileptal - carbamazepina - oxcarbazepina - Tegretol - |
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As contraindicações dessas drogas incluem problemas cardíacos e deficiências hepáticas. Além disso, se alguém estiver tomando outros medicamentos, poderá haver interações farmacológicas, que poderiam ser perigosas em alguns casos. É importante notar que a Ritalina, por exemplo, tem sido associada com o crescimento atrofiado e a impotência em homens. Por favor, é sempre importante consultar o Formulário Nacional Britânico e as bulas fornecidas pelos fabricantes. Elas vão dizer a você quais são os potenciais efeitos colaterais.
Pressão Social
Por exemplo, 33% dos entrevistados de uma recente pesquisa feita pela prestigiada revista científica Nature indicaram que se sentiriam pressionadas a dar medicamentos para seus filhos se outras crianças na escola os estivessem tomando. Ainda pode haver pressões sociais para usar drogas médicas, particularmente entre os jovens. Uma recente pesquisa realizada nos EUA revelou que os estudantes universitários são mais propensos a tomar medicamentos se tais drogas forem eficazes e enquadradas como não ameaçadoras à sua individualidade, que as tomariam se elas os tornassem mais competitivos e lhes dessem uma vantagem. Portanto, isso levanta a questão ética que surge a partir do uso de medicamentos por causa da pressão social indireta da sociedade, que exige que constantemente nos demos bem em todas as tarefas em todas as áreas das nossas vidas. No entanto, o indivíduo ainda tem a escolha de participar ou não dessa cultura.
Também é importante notar que o modafinil é usado como medicamento substitutivo para pacientes com vício em cocaína, porque a droga ativa áreas do cérebro similares assim como a cocaína e possui propriedades semelhantes à cocaína. http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=6486&secao=487
MENOS "BARATO" E MAIS COGNIÇÃO
Fim dos anos 70. Um laboratório francês começa a procurar soluções para a narcolepsia, um distúrbio que causa sonolência excessiva durante o dia e afeta 0,2 a 0,5% da população mundial. Depois de muitos anos de pesquisa, os cientistas chegam a uma droga promissora, que aparentemente não tem os efeitos colaterais dos outros tratamentos. Ninguém sabe exatamente como ela funciona (parece alterar os níveis de vários neurotransmissores, como dopamina, serotonina e noradrenalina, e com isso facilitar a comunicação entre os neurônios), mas o fato é que funciona. E o melhor: não provoca euforia, não dá "barato" e não vicia – os grandes problemas dos remédios até então usados para tratar a narcolepsia. O novo medicamento é batizado de modafinil e lançado na França em 1994. Logo atrai o interesse dos militares. O Exército francês, e depois o americano, começaram a testar o remédio. O objetivo não é criar uma safra de guerreiros superinteligentes – é simplesmente evitar que durmam. E funciona. “O modafinil permite que indivíduos saudáveis fiquem acordados por mais de 60 horas, sem efeitos colaterais”, conclui um estudo do governo francês. Imagine só.
Fim dos anos 70. Um laboratório francês começa a procurar soluções para a narcolepsia, um distúrbio que causa sonolência excessiva durante o dia e afeta 0,2 a 0,5% da população mundial. Depois de muitos anos de pesquisa, os cientistas chegam a uma droga promissora, que aparentemente não tem os efeitos colaterais dos outros tratamentos. Ninguém sabe exatamente como ela funciona (parece alterar os níveis de vários neurotransmissores, como dopamina, serotonina e noradrenalina, e com isso facilitar a comunicação entre os neurônios), mas o fato é que funciona. E o melhor: não provoca euforia, não dá "barato" e não vicia – os grandes problemas dos remédios até então usados para tratar a narcolepsia. O novo medicamento é batizado de modafinil e lançado na França em 1994. Logo atrai o interesse dos militares. O Exército francês, e depois o americano, começaram a testar o remédio. O objetivo não é criar uma safra de guerreiros superinteligentes – é simplesmente evitar que durmam. E funciona. “O modafinil permite que indivíduos saudáveis fiquem acordados por mais de 60 horas, sem efeitos colaterais”, conclui um estudo do governo francês. Imagine só.
Foi o suficiente para explodir o interesse no modafinil, que começou a ser apresentado pelo fabricante (a empresa americana Cephalon, que comprou o remédio dos cientistas franceses) como uma solução para quem vive cansado e deseja ter mais energia no dia a dia – o laboratório tentou aprovar sua droga até como remédio para jet lag. Essa ofensiva de marketing foi considerada irresponsável pelo governo americano, que aplicou uma multa milionária no laboratório. Mas isso não foi o suficiente para brecar a mania do modafinil, cujas vendas quintuplicaram e bateram em US$ 1 bilhão anuais. E isso só nos EUA, sem contar os outros países (entre eles o Brasil, onde a droga foi lançada em 2011).
Há muito se tem notícia de pessoas que desejam o "aprimoramento" de seu cérebro.
"O escritor Honoré de Balzac, no início do século 19, tomava café aos montes para produzir, porque a bebida “afasta o sono e nos dá a capacidade de nos manter por mais tempo no exercício de nosso intelecto”. E Sigmund Freud acreditava que a cocaína pudesse ser um poderoso auxílio para a mente. Mas os estimulantes só entraram na era moderna em 1929, quando o químico Gordon Alles introduziu o uso médico das anfetaminas (para tratar asma e bronquite). Na 2a Guerra Mundial, elas já tinham feito a cabeça das pessoas – tanto os nazistas quanto os aliados distribuíam a droga a seus soldados no front. Deve ter sido, além de a mais violenta, a guerra mais insone e neurótica de todos os tempos. Afinal, como você já deve ter ouvido falar, as anfetaminas são estimulantes fortíssimos – e tão viciantes quanto as piores drogas ilegais."
(...)
EFEITOS COLATERAIS MORAIS
“É óbvio, já começaram a surgir discussões éticas sobre isso”, conta Alysson Muotri, biólogo molecular brasileiro que trabalha na Universidade da Califórnia. Ele trabalha especificamente com o fenômeno da neurogênese – a produção de novos neurônios no cérebro, um dos caminhos pelos quais as pílulas da inteligência podem melhorar a performance cerebral das pessoas. Para Muotri, não há nenhum problema em desenvolver e testar as drogas da inteligência. “Se um cientista achar que usar esses medicamentos melhora seu desempenho, não vejo nada contra (ele tomar o remédio). Afinal, a meta é fazer descobertas que beneficiem a humanidade.” Mas outra coisa, bem diferente, é permitir que a indústria farmacêutica promova livremente essas pílulas.
Por uma razão simples: os efeitos colaterais. Os estimulantes mais usados hoje, como o Ritalin e as anfetaminas, já têm efeitos colaterais bastante conhecidos – e graves. Os riscos vão desde problemas cardíacos a alucinações, sem falar na grande possibilidade de o usuário se viciar. Mas mesmo as drogas mais recentes, embora aparentemente menos perigosas, não são livres de riscos.
Modafinil tem seu uso PROIBIDO para crianças
O modafinil, por exemplo, que foi apresentado como uma droga praticamente livre de efeitos colaterais, teve problemas com o governo dos EUA em 2006, quando o fabricante tentou liberar seu uso em crianças, para tratar casos de distúrbio de déficit de atenção. Descobriu-se que, em alguns poucos casos, o modafinil pode causar irritações extremamente agressivas na pele. Não é uma coceirinha. É uma doença chamada Síndrome de Stevens-Johnson, que pode exigir internação hospitalar e levar à morte. O governo dos EUA considerou esse risco alto demais, e não liberou o modafinil para crianças.
Modafinil tem seu uso PROIBIDO para crianças
O modafinil, por exemplo, que foi apresentado como uma droga praticamente livre de efeitos colaterais, teve problemas com o governo dos EUA em 2006, quando o fabricante tentou liberar seu uso em crianças, para tratar casos de distúrbio de déficit de atenção. Descobriu-se que, em alguns poucos casos, o modafinil pode causar irritações extremamente agressivas na pele. Não é uma coceirinha. É uma doença chamada Síndrome de Stevens-Johnson, que pode exigir internação hospitalar e levar à morte. O governo dos EUA considerou esse risco alto demais, e não liberou o modafinil para crianças.
E a verdade é que ninguém sabe quais são os efeitos de longo prazo dessa e das outras drogas. No curto prazo, elas de fato parecem dar alguma vantagem a seus usuários. Mas o que acontece depois de 10, 15 anos de uso? Nenhum estudo chegou a atingir essa maturidade, de forma que as respostas ainda estão por vir – ao mesmo tempo em que milhares de pessoas conduzem o mesmo teste, sem controle algum, em seus próprios cérebros. Mas as primeiras pesquisas com animais estão revelando resultados preocupantes.
Alguns dos remédios parecem aumentar a neurogênese, ou seja, aceleram o crescimento de neurônios no cérebro. Só que isso não é necessariamente bom. “Existem algumas situações de neurogênese que são ruins. A epilepsia, por exemplo, aumenta a neurogênese. Mas os novos neurônios formam conexões defeituosas. Ou seja: o nascimento deles mais atrapalha do que ajuda”, afirma Muotri.
A diminuição do sono, que é um efeito comum dos estimulantes (principalmente se tomados à noite), pode ajudar a virar noites rachando de estudar ou terminando trabalhos importantíssimos. Mas estudos feitos em ratos apontam que a privação do sono causa danos ao hipocampo, parte do cérebro que – entre outras coisas- coordena o funcionamento da memória. E isso acontece rápido: 3 dias seguidos sem dormir já são o suficiente para produzir alterações estruturais no cérebro. E, quando falamos de longo prazo, as coisas ficam ainda mais arriscadas. O uso contínuo de estimulantes pode alterar a estrutura e o funcionamento do cérebro, de forma a causar depressão, aumentar a ansiedade e, pasme, deixar a pessoa mais burra.
Pois é. Ao tentar criar uma geração superinteligente de humanos, corremos o risco de terminar com 6 bilhões de toupeiras.
(...)
http://super.abril.com.br/ciencia/a-pilula-da-inteligencia/ (2011)
Um arsenal de bombas
Testes clínicos estão revelando que várias substâncias (entre elas algumas a muito conhecidas) produzem efeitos positivos sobre o funcionamento do cérebro. Mas cada uma delas tem seus próprios riscos.
Testes clínicos estão revelando que várias substâncias (entre elas algumas a muito conhecidas) produzem efeitos positivos sobre o funcionamento do cérebro. Mas cada uma delas tem seus próprios riscos.
ADDERALL (MIX DE ANFETAMINAS)
Uso original: tratar déficit de atenção (DDA).
Efeitos colaterais: problemas cardíacos, vício.
Uso original: tratar déficit de atenção (DDA).
Efeitos colaterais: problemas cardíacos, vício.
ANIRACETAM
Uso original: tratar Alzheimer.
Efeitos colaterais: ansiedade, insônia.
Uso original: tratar Alzheimer.
Efeitos colaterais: ansiedade, insônia.
DONEPEZIL
Uso original: tratar Alzheimer.
Efeitos colaterais: náuseas, diarreia.
Uso original: tratar Alzheimer.
Efeitos colaterais: náuseas, diarreia.
FLUOXETINA (PROZAC)
Uso original: tratar depressão.
Efeitos colaterais: ansiedade, suicídio.
Uso original: tratar depressão.
Efeitos colaterais: ansiedade, suicídio.
METIlFENIDATO (RITALIN)
Uso original: tratar DDA.
Efeitos colaterais: convulsões, psicose.
Uso original: tratar DDA.
Efeitos colaterais: convulsões, psicose.
MODAFINIL (Stavigile)
Uso original: tratar narcolepsia.
Efeitos colaterais: doenças de pele, ideias suicidas.
Uso original: tratar narcolepsia.
Efeitos colaterais: doenças de pele, ideias suicidas.
PIRACETAM
Uso original: tratar convulsões.
Efeitos colaterais: ansiedade, tremores.
Uso original: tratar convulsões.
Efeitos colaterais: ansiedade, tremores.
SELEGILINA
Uso original: tratar Parkinson.
Efeitos colaterais: dor de cabeça, diarreia.
Uso original: tratar Parkinson.
Efeitos colaterais: dor de cabeça, diarreia.
VAPRESSINA
Uso original: tratar diabetes.
Efeitos colaterais: náuseas, coma.
Uso original: tratar diabetes.
Efeitos colaterais: náuseas, coma.
Ahmed Dahir Mohamed - Psicólogo licenciado e registrado no Reino Unido e membro associado da Sociedade Britânica de Psicologia. Atualmente, é membro do pós-doutorado e professor adjunto de Psicologia (Neurociência do Desenvolvimento Cognitivo e Afetivo) na Escola de Psicologia no campus da Malásia da Universidade de Nottingham. Ainda possui licenciatura em Psicologia pela Universidade de Reading, Reino Unido. Obteve seu doutorado no Departamento de Psiquiatria da Escola de Medicina Clínica da Universidade de Cambridge. Também é professor visitante de Neurociências e Ética no Centro de Bioética da Universidade de Otago, Nova Zelândia. Tem publicações na área de neurociências e neuroética do melhoramento cognitivo e do bem-estar subjetivo. Acaba, agora em 2015, de completar a coedição de um livro pela Oxford University Press, intitulado Rethinking Cognitive Enhancement: The Neuroscience of Cognitive and Physical Enhancement, com o professor Wayne Hall (Universidade de Queensland, Austrália) e o professor Ruud Ter Meulen (Universidade de Bristol, Reino Unido).
Alysson Muotri - PhD em Genética pela USP, biólogo molecular, pesquisador do Instituto Salk para Estudos Biológicos, em La Jolla, San Diego, Califórnia, onde realiza pós-doutorado em Neurociências. Desenvolve estudos sobre neurogênese, focando especialmente em autismo. Professor do Departamento de Pediatria e Medicina Celular e Molecular da Universidade da Califórnia.
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Por Marise Jalowitzki
28.setembro.2015
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2015/09/tdah-oxcarbazepina-e-proibida-no-brasil.html
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Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
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Para adquirir e obter mais informações, veja no blog (AQUI) ou encaminhe e-mail para:
marisejalowitzki@gmail.com
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