Os estimulantes como Ritalina, Adderall e Dexedrine têm sido amplamente utilizados há décadas,mas muitos médicos parecem não saber das reações de abstinência marcantes que eles podem causar. |
publicado neste blog em 07.março.2018
https://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2018/03/a-droga-psiquiatrica-pode-ser-o.html
No link que deixo a seguir, Dr. Peter R. Breggin e Dr. David Cohen, renomados psiquiatras que defendem uma vida saudável para tod@s, pequenos e
grandes, está disponível o Livro intitulado A Droga Psiquiátrica pode ser o
Problema. Nele, Breggin e Cohen explanam VÁRIOS temas como razões, consequências,
perigos, efeitos colaterais (muitas vezes fatais) dos psicotrópicos e também
sobre a síndrome de abstinência que acomete aos usuários. Este tema é super
importante e pouco falado. Será meu foco hoje, pois muitos adultos (sejam eles os usuários,
ou sejam pais/mães de crianças usuárias), quando enxergam os malefícios dos
efeitos colaterais, se assustam, acham que é "piora do quadro", e, não raro, costumam parar subitamente o uso, o que é um erro (a não ser que o uso tenha sido significativamente curto).
Esta suspensão medicamentosa precisa ser monitorada por médico competente, que saiba que está lidando com um quadro deveras delicado, já que cada corpo responde de uma maneira. É necessário que a parada seja acompanhada. Espero que apreciem os itens que escolhi para publicar neste blog. (Marise Jalowitzki)
Esta suspensão medicamentosa precisa ser monitorada por médico competente, que saiba que está lidando com um quadro deveras delicado, já que cada corpo responde de uma maneira. É necessário que a parada seja acompanhada. Espero que apreciem os itens que escolhi para publicar neste blog. (Marise Jalowitzki)
O que consta neste post:
Capítulo 9 - Reações de Abstinência de Drogas Psiquiátricas
9.3 Quando estou tendo uma crise de abstinência?
9.4 Negação das reações de abstinência
9.10 Reações de abstinência de estimulantes (Ritalina, anfetaminas em geral, cocaína) - destaque para:
9.10_7 - Reações de Rebote
9.10_11 Deve-se parar de consumir estimulantes abruptamente ou gradualmente?
9.11 Reações de abstinência do lítio e anticonvulsivos
Tegretol (carbamazepina) – anticonvulsivo
9.15 Resumo das reações de abstinência das drogas psiquiátricas
E fica o convite para que acessem o
link na íntegra. Vale por demais!
A Droga Psiquiátrica pode
ser o Problema
Como e Por Que Parar de Tomar Medicamentos Psiquiátricos
Edição revista e atualizada, 2007
Peter R. Breggin, M.D.
David Cohen, Ph.D.
Veja este livro em inglês-português
Como e Por Que Parar de Tomar Medicamentos Psiquiátricos
Edição revista e atualizada, 2007
Peter R. Breggin, M.D.
David Cohen, Ph.D.
Veja este livro em inglês-português
Síndrome
de Abstinência
Capítulo 9
Reações de Abstinência de Drogas Psiquiátricas
9.2 Seu médico pode não saber
9.2_1 Todas
as drogas psiquiátricas podem produzir reações desagradáveis e perturbadoras
durante a abstinência ou descontinuação.
Para algumas drogas que temos conhecimento por décadas, especialmente os
tranquilizantes benzodiazepínicos, as reações de abstinência são bem descritas
na literatura médica. Os médicos geralmente sabem sobre todos estes efeitos. Contudo,
os médicos estão, muitas vezes, pouco familiarizados com problemas de
abstinência associados com muitas das
outras drogas psiquiátricas que prescrevem rotineiramente. Desde que a primeira
edição deste livro apareceu, nós temos observado um claro aumento na
sensibilização profissional e popular sobre as reações de abstinência das
drogas psiquiátricas, especialmente os antidepressivos. Contudo, muito mais educação
é preciso.
9.2_2 Os estimulantes como
Ritalina, Adderall e Dexedrine têm sido amplamente utilizados há décadas, mas muitos médicos parecem não saber das
reações de abstinência marcantes que eles podem causar. O mesmo é
verdadeiro para drogas introduzidas no mercado mais recentemente. Todos os
novos antidepressivos, como Lexapro, Cymbalta, Paxil, Prozac, e outros, muitas vezes causam abstinência aflitiva,
mas muitos médicos parecem não ter consciência deste fato. Por exemplo, médicos de família ou praticantes
de primeiros socorros prescrevem a maior parte dos antidepressivos. No entanto,
do nosso conhecimento, o primeiro aviso sistemático para médicos de família
sobre a gestão da descontinuação de antidepressivo foi publicada na American
Family Physician [Médicos da Família Americana] apenas no final de 2006 (Warner
et al., 2006 [382]).
9.2_3 O que nós achamos mais
perturbador é que, mesmo quando os médicos sabem sobre os perigos dos problemas
de abstinência das drogas psiquiátricas, eles
muitas vezes falham por não advertir os seus pacientes126. (...)
Contudo, a
ética médica e prática correta exige que os médicos avisem os pacientes sobre
os problemas de abstinência. Não há desculpa legítima para não o fazer.
(...)
9.3 Quando
estou tendo uma crise de abstinência?
9.3_6 Considere a possibilidade de que você está tendo uma reação de
abstinência, se você começar a experimentar reações físicas ou emocionais
desconfortáveis em questão de horas, dias ou semanas de redução ou parada de
consumo da medicação. O mesmo é verdadeiro se você estiver experimentando essas
reações entre as doses destas substâncias. Drogas psiquiátricas, de ação de
curta duração, são especialmente susceptíveis de provocar reações de abstinência
entre as doses. Essas reações incluem todos os estimulantes, as pílulas para
dormir Ambien e Halcion, e o tranquilizante benzodiazepínico Xanax.
9.3_7 Você
pode também estar experimentando uma reação de abstinência se a reação é o
oposto do efeito da droga psiquiátrica. Por exemplo, se você fica muito
cansado e sente que você está "quebrando" algumas horas depois de
tomar um estimulante - ou se você fica agitado e até mesmo "alto"
umas poucas horas depois de tomar um tranquilizante - você pode estar passando
pela abstinência.
9.4 Negação
das reações de abstinência
(...)
9.4_2 Como
já mencionamos, os médicos estão muitas vezes relutantes em admitir que a
abstinência é um problema sério. Além disso, quando eles testemunham reações de
abstinência, eles raramente as relatam para as agências apropriadas. Por exemplo, prováveis
reações de abstinência de antidepressivos como Paxil e Zoloft são muito comuns,
ocorrendo em 30 por cento dos pacientes (Rosenbaum et al., 1998 [323]). No entanto, o número de relatos de
todas as reações adversas dos antidepressivos enviados para a FDA varia entre 2
e 300 por 1 milhão de prescrições (Young e Currie, 1997 [397]). (...)
9.10 Reações de abstinência de estimulantes
9.10_1 Estimulantes são
frequentemente usados para controlar o comportamento das crianças. As anfetaminas
Adderall, Desoxyn, Dexedrine e Gradumet, bem como a Ritalina, um tipo de anfetamina,
são as mais comumente prescritas. Drogas estimulantes também são dadas aos adultos
para o tratamento da "desordem de hiperatividade e déficit de
atenção", depressão, narcolepsia e obesidade. Outras drogas estimulantes
têm sido usadas para controle da dieta, incluindo phentermin (Fastin, Adipex) e
mazindole (Sanorex). Outra droga de controle de dieta, fenfluramina, foi
recentemente retirada do mercado no Canadá e nos Estados Unidos porque
prejudica as válvulas cardíacas humanas. Cafeína, é claro, é um estimulante
leve que é comumente usado.
9.10_2 Ritalina e anfetaminas
são muito semelhantes à cocaína, em termos de como elas afetam a química e
função do cérebro. Embora o impacto de estimulantes na neurotransmissão da
dopamina seja normalmente visto como a principal causa para a euforia ou
"prazer" que encoraja as pessoas a continuar usando essas drogas,
pesquisas recentes também enfocaram em outro neurotransmissor, serotonina.
Cocaína e outros estimulantes bloqueiam a remoção da serotonina das sinapses
entre as células cerebrais (Rocha et al., 1998 [319]). Uma vez que os
antidepressivos IsRSS [SSRIs] têm efeitos
semelhantes, não é de estranhar que a retirada de drogas estimulantes e de
Prozac - como antidepressivos IsRSS [SSRIs] compartilham muitas
características.
9.10_3 Descritos em muitos
casos relatados por quase três décadas, "a abstinência de estimulante foi
largamente ignorada [por médicos] por muitos anos" (Dackis e Gold, 1990,
p. 16). Os médicos clínicos tendem a descartar a severidade da abstinência de
estimulante ou a caracterizá-la como "meramente psicológica".
É
mais fácil de ignorar a abstinência de estimulantes, porque ela tipicamente
carece de algumas das manifestações físicas mais visíveis na abstinência das
drogas classicamente utilizado em excesso, tais como o álcool e os opiáceos
(Lago e Kosten, 1994 [241]).
9.10_4 "Crise" é o efeito mais conhecido da abstinência de
estimulantes. Durante esse estado, é provável que você se sinta emocionalmente
perturbado, e que haja falta de energia e motivação. Este estado, depressivo e
de fadiga, é o resultado do cérebro tentando superar o estado anterior de
estimulação artificial. Similarmente, se estimulantes diminuem a fome, um
acentuado aumento do apetite e do peso podem acompanhar a abstinência.
9.10_5 Depressão e apatia - A depressão e apatia mais profunda usualmente
não duram mais de três a dez dias. Contudo, como confirmado em um manual de
psicofarmacologia, elas podem "atingir sérias proporções clínicas" e
"persistir por semanas" em "indivíduos instáveis"
(Schatzberg, Cole, e DeBattista, 1997 [331], p. 352). Pensamentos de desespero e suicídio podem acompanhar
esta "crise". Segue-se uma longa fase de lentidão geral física e
mental. Paradoxalmente você pode também sofrer de insônia, ansiedade e
irritação.
9.10_6 DSM-IV especifica alguns critérios de uma síndrome de abstinência
associada ao grupo de drogas estimulantes, que inclui a Ritalina e cocaína. Os sintomas listados são
fadiga; sonhos vívidos e desagradáveis; insônia ou sono excessivo; aumento do
apetite; e retardo ou agitação psicomotora (DSM-IV APA, 1994 [6]), pp 208-209, 225-226).
9.10_7 Reações de rebote - Reações de rebote
também são comuns. No caso das anfetaminas e Ritalina, fenômenos-rebote
aparecem quando as crianças param de consumir estas droga psiquiátricas
abruptamente ou falham em tomar uma dose. Tipicamente, elas experimentam um aumento da agitação, inquietação,
excitabilidade, e distração (Whalen e Henker, 1997). Reações de rebote são, por
definição, mais intensas do que os mesmos sintomas experimentados antes de
consumir a droga. Elas podem ocorrer dentro de horas a partir da
última dose tomada de um estimulante, e podem persistir por vários dias.
9.10_8 Em um estudo controlado de duplo-cego, pais
e professores de meninos "normais", que receberam uma dose única de
anfetamina, observaram fenômenos de rebote característicos, cinco horas após a
administração da droga psiquiátrica (Rappoport et al., 1978 [315]). Não há dúvidas de que os pais, professores e médicos repetidamente
confundem essas reações-rebote, com sinais de que a "desordem de
hiperatividade e déficit de atenção" da criança está piorando, e que o
inocente "necessita claramente" da droga de drogaria.
9.10_9 Há relatos de casos de
delírio, psicose e estados severos de confusão, devido a abstinência de
anfetaminas139. Similarmente, os pesquisadores têm documentado
psicoses e sintomas depressivos profundos com pensamentos suicidas, durante a
abstinência de Ritalina em crianças (Klein e Bessler, 1992 [233]). Há
um caso relatado de priapismo (intermitentes e duradouras ereções dolorosas) em
um adolescente que parou de consumir Concerta (Schwartz e Rushton,
2004 [337]). Como nós discutimos no início deste
capítulo com relação aos relatórios de reações adversas enviados à FDA, a
relativa escassez destes relatos de aflição induzida por abstinência, não constitui
um bom indicador de sua frequência verdadeira.
9.10_10 A maioria dos nossos conhecimentos sobre as
reações de abstinência após o uso de estimulantes vem de estudos de usuários de
cocaína adultos. A
abstinência de anfetamina tem sido menos estudada, e a abstinência de
metilfenidato (Ritalina), menos ainda140. Milhões de crianças
consomem estimulantes diariamente. É verdadeiramente marcante que os
pesquisadores não estejam sistematicamente investigando este fenômeno perigoso.
9.10_11 Deve-se parar de consumir estimulantes abruptamente ou gradualmente? A literatura especializada contém
recomendações para parar o consumo de estimulantes abruptamente, basado na
hipótese de que não irão ocorrer sintomas físicos perigosos. Um livro de
psicofarmacologia é bastante explícito: "Quando um paciente que é
dependente de estimulantes está hospitalizado, a administração destes
estimulantes deve ser interrompida abruptamente. A redução gradual não é
necessária". (Schatzberg, Cole, e DeBattista, 1997 [331], p.
352).
Contudo, os escritores dessa passagem confirmam que a retirada de grandes doses
vai "muitas vezes" produzir "uma síndrome de abstinência
consistindo de depressão, fadiga, hiperfagia [comer excessivamente], e
hipersonia" (Schatzberg, Cole, e DeBattista, 1997 [331]). No entanto,
ao invés de recomendar uma retirada gradual para atenuar as reações
incapacitantes, os autores especulam sobre o valor de tratá-los com
antidepressivos!!
9.10_12 Não vemos nenhuma razão
para endossar a retirada abrupta de estimulantes, a menos que eles tenham sido
usadas por um tempo curto ou esporadicamente, com nenhum ou poucos efeitos
maléficos entre os episódios de uso.
9.11 Reações
de abstinência do lítio e anticonvulsivos
Tegretol – anticonvulsivo
9.11_11 Tegretol
(carbamazepina) é uma droga anticonvulsiva amplamente utilizada para o
tratamento de muitos problemas, incluindo mania. Após a retirada, Tegretol pode provocar sérias explosões emocionais -
incluindo paranóia, hostilidade e agitação em pessoas previamente perturbadas (Heh et al, 1988 [201]). Estas reações de abstinência também podem
ocorrer em indivíduos mentalmente estáveis, como em um caso documentado
envolvendo um paciente tratado por uma desordem física (Darbar et al.,
1996 [127]). Embora provavelmente menos
frequentemente do que na abstinência do lítio, a abstinência de Tegretol também
pode causar rebote de mania (Jess et al., 2004 [216]). Outras drogas
anticonvulsivas ou anti-epilépticas, tais como Depakene (ácido valpróico),
Depakote (divalproato de sódio), e Dilantina (fenitoína), também são amplamente
prescritas em psiquiatria. O risco de convulsões deve ser considerado quando se
para o consumo de qualquer droga anticonvulsiva, independentemente da presença
prévia ou não, de uma desordem convulsiva. Outros sintomas da
abstinência de anticonvulsivos podem incluir comumente ansiedade, espasmos
musculares, tremores, fraqueza, náuseas e vômitos. Em um caso de reação de
abstinência em um homem de oitanta e um anos de idade, consumindo por cinco
anos Neurontin (gabapentina) e, em seguida, reduzindo a dose ao longo de uma
semana descreveu-se "severas alterações do estado mental, dores no peito
somáticas severas, e hipertensão" que apareceram 10 dias após a última
dose. Após a reintrodução da droga, os sintomas diminuíram em 24 horas. Os
autores propuseram que "uma redução gradual da gabapentina deve seguir um
percurso semelhante ao da redução de benzodiazepínicos e diminuir lentamente
durante um período de semanas ou meses" (Tran et al., 2005 [369]).
9.15 Resumo
das reações de abstinência das drogas psiquiátricas
9.15_2 Drogas psiquiátricas podem induzir uma
ampla extensão de efeitos adversos quando são consumidas, e elas podem induzir
uma ampla extensão de efeitos adversos quando são retiradas. Síndromes de
abstinência reconhecidas são uma característica regular e comum do uso de todas
as drogas psiquiátricas. Mas como vimos, os médicos que prescrevem essas drogas
muitas vezes falham por não avisar os pacientes que as consomem.(...)
9.15_3 As
drogas psiquiátricas devem ser consideradas drogas que causam dependência, porque
elas produzem reações de abstinência desagradáveis. Em outras palavras, pelo menos alguns usuários
vão reiniciar o consumo destas drogas devido ao desconforto induzido pela
abstinência. Estes indivíduos continuarão a usar estas substâncias simplesmente
para evitar as reações de abstinência. Os inúmeros relatos em primeira pessoa
colocados na Internet por usuários de antidepressivos IsRSS [SSRIs], por exemplo, trazem
evidências vívidas não usuais de que este fenômeno ocorre com demasiada
frequência. Desafortunadamente, quando as reações de abstinência levam ao uso
prolongado destas drogas farmacêuticas, os usuários se arriscam a experimentar
depois severas reações de abstinência.(...)
9.15_5 Médicos muitas vezes se focalizam nas
consequências físicas da abstinência, tais como náuseas, tremores, ou
convulsões, enquanto falham na identificação dos sintomas de abstinência
emocional que muitas vezes contribuem para a retomada das drogas psiquiátricas.
Reações
de abstinência emocional, como ansiedade, depressão, insônia, confusão, e
irritabilidade podem realmente ter um impacto maior em pacientes do que os
sintomas puramente físicos.
9.15_6 As
três categorias principais de reações de abstinência emocional e comportamental
são ansiedade, depressão e psicose. Reações de ansiedade parecem ser comuns na
abstinência, do sistema nervoso central (SNC), de antidepressivos tais como
benzodiazepinas e outros tranquilizantes, e da maioria dos antidepressivos,
antipsicóticos, lítio e anticonvulsivantes utilizados como estabilizadores de
humor, e antiparkinsonianos. Reações depressivas parecem ser comuns mediante a
abstinência de estimulantes e IsRSS [SSRIs]. E reações psicóticas
parecem ser comuns na abstinência de neurolépticos, lítio e antiparkinsonianos.
Ainda, evidências de relatos de caso e estudos sugerem que qualquer droga
psiquiátrica pode produzir qualquer uma destas reações de abstinência. (...)
9.15_8 Além disso, médicos e pesquisadores nem sempre descrevem
corretamente os sintomas que ocorrem durante a abstinência. Em muitos casos, a tendência deles em favor
das drogas psiquiátricas, e a resistência habitual destes médicos em reconhecer
os efeitos da abstinência, leva-os a usar termos relativamente neutros e
ambíguos (tais como agitação, inquietação, ansiedade e retardo psicomotor) no
lugar de termos como psicose.
9.15_9 Sem dúvida, muitas reações de abstinência, de todas
as categorias de drogas psiquiátricas, são erroneamente tratadas como
"recaídas", pelos médicos que as prescrevem, assim movendo o foco, de
um possível envolvimento destas drogas, para o "distúrbio subjacente"
do paciente. Muitos pesquisadores
também abordam o problema timidamente, muitas vezes falhando em descrever ou
enfatizar as reações de abstinência. Como consequência, os pacientes sofrem, e
o público é mantido desinformado.
9.15_10 Os
pacientes devem estar verdadeiramente bem informados para que possam dar o seu
consentimento para as drogas psiquiátricas que estão tomando, os médicos devem
descrever completamente a abstinência, ou interrupção, em termos de reações
adversas as drogas com uma probabilidade "frequente" de ocorrência, é
dever dos médicos se certificar de que os pacientes realmente entenderam e, em
seguida, lembrar da natureza e da probabilidade de todas as reações adversas
importantes, incluindo as reações de abstinência. Similarmente, em suas
monografias oficiais sobre seus produtos, os fabricantes de drogas
psiquiátricas devem apresentar sumários precisos dos relatórios de reações de
abstinência, bem como orientações detalhadas para diminuição do consumo de seus
produtos, assim como eles fornecem orientações de como iniciar o tratamento.
9.15_11 A melhor maneira de minimizar o risco de
reações de abstinência severas é, em primeiro lugar, não tomar drogas
psiquiátricas. Em segundo lugar, caso se esteja tomando estas substâncias, a melhor
abordagem é planejar uma redução da dose lenta e gradual, envolvendo
monitoramento de perto e um programa sistemático e permanente de informação,
aconselhamento e re-certificação.
Desafortunadamente, contudo, a retirada abrupta da droga permanece muito
comumente na prática clínica. Retirada abrupta é imprudente e pode resultar em
aflições e deficiências maiores. Exceto em emergências, os pacientes que estão
parando o uso de drogas psiquiátricas e os profissionais que estão ajudando
eles, devem proceder de forma gradual e manter esse passo cadenciado, até que a
parada completa do consumo seja realizada, mesmo que as fases iniciais de
abstinência não apresentem dificuldades.
Dr. David Cohen
Querendo, leia também:
Homeopatia para adultos e crianças - TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
No Brasil, este medicamento também vem sendo largamente utilizado para Déficit de Atenção, mesmo não estando liberado pela ANVISA para este fim.
Dr. David Cohen
Querendo, leia também:
Homeopatia para adultos e crianças - TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2013/08/das-pragas-cura-tdah-transtorno-de.html |
E mais:
TDAH - CARBAMAZEPINA E OXCARBAZEPINA SÃO AS CAUSAS MAIS COMUNS DA SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON
"A carbamazepina é a causa mais comum da síndrome de Stevens-Johnson (SJS) e um novo fármaco anti-epiléptico, oxcarbazepina, está estruturalmente relacionado com a carbamazepina, também tem sido demonstrado como indutor de SJS." ( NCBI -Gov.EUA) - Trileptal - carbamazepina - oxcarbazepina - Tegretol - |
No Brasil, este medicamento também vem sendo largamente utilizado para Déficit de Atenção, mesmo não estando liberado pela ANVISA para este fim.
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Mãe, avó. Cidadã. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
blogs:
www.tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br
LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar
Déficit de Atenção e Hiperatividade
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