Por Marco Antonio da Silva Carvalho
Publicado neste blog em 11.maio.2016
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/05/tdah-pressao-social-escolar-familiar.html
Temos, sim, que questionar os currículos
inadequados das nossas escolas! Nós, educadores, diretores,
psicólogos, psicopedagogos, familiares, temos responsabilidade social que
extrapola os muros das escolas e das residências das crianças, no que tange a
um ensino e uma educação dignos para as nossas crianças. Para isso, temos que
cobrar, SIM, um currículo coerente e abrangente das autoridades do nosso país
para a formação da população citada.
Quanto à responsabilidade tanto do ensino
quanto da educação, se a família é a responsável pela Educação Primária de
nossos futuros jovens, a escola tem o dever de ser responsável pela Educação
Secundária e efetiva. Em relação a educação, propriamente dita, a família
também tem que ter sua parcela de responsabilidade. Para isso, é importante ter
escolas e educadores sintonizados com a realidade das famílias e de seu meio
social. Não podemos é achar que o que está posto é o correto e que assim á a
natureza! Importantíssimo é termos escolas que extrapolem os muros das mesmas!
Para que isso seja alcançado, educadores têm que ter a consciência e a
responsabilidade de valorizar o saber do senso comum que a criança traz do seu
meio social e cultural, para, então, transformar esse senso comum de sabedoria
em sabedoria científica!
Para atingir tal meta, precisamos reeducar
nossos educadores para que valorizem a CRIATIVIDADE, CURIOSIDADE, AUTONOMIA E
LIBERDADE (sempre dentro do respeito mútuo), das nossas crianças.
Se
a criança, no ambiente escolar não se sentir respeitada, pouco respeito ela
dará ao que é ensinado!
Precisamos de uma Educação que forme crianças críticas, valorizadas, com auto-estima
e que se sintam sujeitos que, de fato, participam e que possam alcançar seus
desejos. Muitas crianças são tachadas por inúmeros professores como portadores
de TDAH de forma indiscriminada! Isso é preocupante, pois essas crianças estão
numa fase na qual conflitos entre o intra familiar e o social se dão e não
poderia ser de forma diferente!
Bendito
seja Deus termos crianças "bagunceiras" em detrimento das
"quietinhas"!
Várias características das crianças são comuns e normais. Muitas das quais,
adquiridas no seu próprio habitat. Portanto, educadores não podem a torto e a
direita se auto-plocamar como diagnosticadores de tais transtornos! É
importantíssimo o trabalho conjunto dos atores de uma escola conjuntamente com
os alunos, como você própria cita no vídeo. Isso é imprescindível!
Por
fim, temos que repensar não apenas o papel da escola e dos currículos, como o
papel dos próprios educadores. É importante a intervenção da Psicologia nesses cenários! Mas acima
do papel remediativo, temos que ter a preocupação preventiva, formativa e
educativa de educadores, educandos e demais atores escolares.
Marco Antonio é psicólogo em Campinas - SP
Sim, psicoterapia para o pequeno vai poder ajudar bastante, mas, a questão é lógica, matemática, contábil: uma criança pequena "precisa" adequar-se a um meio hostil, que não a compreende, que não apresenta uma metodologia atrativa? Sim, a ritalina promove essa "tranquilidade" tanto para os pais como para a própria criança - e especialmente para a escola - mas, por quanto tempo? 98% dos casos a que tive acesso o que aconteceu, em medio prazo, foi o reforço da dose, e a adição de mais psicotrópicos, a essa altura, os pais e a criança + o entorno, já estavam completamente convencidos que o "erro", o "problema" realmente existia...
Embora já tenhamos lei que indique maior critério, quem muda, no dia a dia, sem fiscalização, o pensamento dos "educadores"? Só uma ação social efetiva, com todos os que pensam diferente é que pode promover uma mudança positiva, tão necessária e aguardada!
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
blogs:
www.tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br
LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar
Déficit de Atenção e Hiperatividade
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