TDAH - Reflexões de segunda
- sobre o estresse das mães pelo final do ano
Ultimamente, aqui no grupo, inbox, por e-mail, tenho recebido muitas mensagens de mamães que se sentem exauridas com seus filhotes, algumas chegam a falar em quitar-se a vida, por não aguentar mais a roda viva que é a pressão social, pressão delas mesmas em relação aos filhos que não dão as respostas que a escola e os familiares querem... que posso dizer-lhes?
Algumas relatam que os florais 'não deram certo' - faz apenas duas semanas que começaram a administrar. Que pediram para fazer em creme para não 'misturar' com a ritalina, mas que o filhotinho 'não deixa aplicar'...
O que está por detrás de um pequeno que não se deixa tocar?
Por mais duro que seja encarar a realidade como ela é, é preciso coragem para entender todo este processo, parar de querer respostas prontas, rápidas, imediatas.
Entender que há dias piores e dias e melhores. E que estas queridas crianças sentem vibrações diferentes, mais sutis do que dos humanos em geral. Sentem a inquietação, os desencontros, e reagem como podem: pulando, correndo, como quem quer fugir, sair dali, evadir-se!
Creio que o processo de empatia nunca esteve tão necessário de ser praticado!
Tentar entrar com calma, com paciência, com dedicação cem por cem, no universo da criança, tentar entender o que lhe vai na alminha, tentar absorver o que ela tenta manifestar. Requer um tempo especial, em ambiente especial. Tudo tão diferente de nossos 'jeitos urbanos de ser', onde as pessoas adultas, nos raros momentos em que se dedicam a uma conversa pessoal, ficam em outras tarefas simultaneas - "pode falar que estou ouvindo"!... e, não raro, dedilhando no 'touch' do whats...
Não, isto não é crítica, nem julgamento.
É, mais que tudo, um apelo em nome destes pequenos, que P-R-E-C-I-S-A-M ser tratados de jeitos mais carinhosos e lentos, senão, não vão aguentar!
Sempre que sei de uma mãe que acabou de trazer o adolescente (ritalina, risperidona, neuleptil.....) de uma reunião no caps onde acabou tendo de ser contido, meu coração envia pedidos de misericordia para esta criança!
Tá tudo tão errado neste nosso mundão!!!
E os especialistas, com tanto "pedigree", continuam sendo escutados com tanta veneração! Não são contestados, nem dúvidas são apresentadas!
E a voz materna, que só ouve com o coração compassivo...
De minha parte, continuo assegurando: Só o Amor, a Compreensão e a Aceitação podem reconduzir à Serenidade!
Marise Jalowitzki
16.novembro.2015
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
blogs:
www.tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br
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