sexta-feira, 30 de junho de 2017

Bater não educa - Lei da Palmada, Bíblia e Castigo Físico pelos Pais - Provérbios 29.15 e Legislação - Conflitos ou Concordância?

Provérbios 29.15 

Usar "Mecanismo físico" não significa "castigo físico" ou "agressão física". Mecanismos físicos utilizados por muitos pais conscientes: realizar alguma tarefa como forma de refletir sobre o que fez, ler texto educativo que ajude a entender a situação de conflito gerada, ficar sem jogar os games que tanto gosta por um tempo determinado, não ver filme no final de semana, não ir a determinado passeio, etc. - tudo consensado previamente. A criança aprende limites sem traumas, como deve ser.
Esta ideia arcaica que "se o pai não bater, a polícia mais tarde vai" é típica de quem não sabe o que sejam, efetivamente, limites e como se pode - e se deve - disciplinar uma criança sem bater, sem agredir física ou emocionalmente.


Querendo, acesse este artigo:





http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/04/tdah-e-acordos-quadro-de-tarefas-perdas.html



Por Marise Jalowitzki, e transcrição da Conclusão do trabalho de  e  - publicado neste blog em 30.junho.2017 - http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2017/06/bater-nao-educa-lei-da-palmada-biblia-e.html
Logo que publiquei o texto do pediatra Carlos Gonzáles, afirmando que todos os castigos são inúteis, alguns leitores contataram para lembrar dos textos bíblicos do Velho Testamento, onde há citações explícitas sobre o "uso da vara" pelo pai, para disciplinar os filhos e que os pais que amam seus filhos usam da vara (castigo físico) para disciplinar. 
Tais observações geraram  um interessante estudo por parte dos pesquisadores brasileiros Adriano Brito Feitosa (advogado) e Renato de Oliveira Macêdo (teólogo), já que, em nosso país, é dada a liberdade de culto religioso e sua aplicação do cotidiano das diferentes comunidades, o que inclui a sociedade familiar. 
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2017/05/todos-os-castigos-sao-inuteis-diz-o.html

O interesse destes em analisar ambos textos foi verificar se havia conflitos entre o que reza o livro sagrado para muitas religiões e o que estabelece a legislação vigente. Parte de uma análise histórica da tradição dos povos e sua contemporaneidade, sob a luz da Lei promulgada em 2014, votada após a trágica morte do menino Bernardo Boldrini, em Crissiumal, aqui no RS.
Querendo, leia:
Por Marise Jalowitzki

Transcrevo a conclusão a que chegaram os pesquisadores. 

Provérbios 29.15 e a Lei da Palmada

A utilização de mecanismos físicos na educação das crianças e adolescentes, no senso comum, sempre foi aceita e tolerada. A forte influência da cultura judaico-cristã, no mundo ocidental, sedimentou esse entendimento. A base para esta forma de pensa é a Bíblia, que tem, principalmente, no livro de Provérbios os principais conselhos para que os pais sejam firmes na educação dos filhos, tendo a vara como um mecanismo possível de ser utilizado.
Após análise detida do texto bíblico de Provérbios 29.15, por meio do processo exegético, pôde-se constatar que a Bíblia não proíbe a utilização de mecanismos físicos na educação da criança e adolescente. O que ela proíbe é a exacerbação que gere espancamento e humilhação.
A Lei da Palmada inovou o ordenamento jurídico brasileiro, gerando controvérsias quanto a utilização de mecanismos físicos na educação da criança e adolescente. Contudo, como demonstrado, tal controvérsia é injustificada.
A intenção do legislador foi a de coibir os atos violentos contra as crianças e adolescente, praticados pelos pais ou responsáveis.
Desta forma, a Lei da Palmada não tem o condão de proibir os pais de educarem seus filhos, e em caso de situações necessárias, utilizar mecanismos físicos.
O que a Lei da Palmada impede é o “castigo físico”, ou seja, a “ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em sofrimento físico ou lesão” e o “tratamento cruel ou degradante” que se refere à “conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize”. Assim, pais ou responsáveis, não incorrendo na proibição legal, poderão corrigir as crianças e adolescentes que estão sob seus cuidados, por meio de mecanismos físicos.
Conclui-se, que não existe conflito entre o texto de Provérbio 29.15 e a Lei nº 13.010, de 26 de junho de 2014, ambos autorizam a utilização de mecanismos físicos na educação da criança e adolescente, desde que não cause sofrimento físico, ou lesão, ou que consista em humilhação, levando a criança ou o adolescente a ridicularização. Por consequente, o direito de liberdade religiosa não é violado pela Lei da Palmada.
Para ler na íntegra todo este interessante trabalho, acesse: https://jus.com.br/artigos/58567/proverbios-29-15-e-a-lei-da-palmada/1

Adriano Brito Feitosa - Graduado em Direito. Possui especialização em Advocacia Trabalhista, Direito Constitucional e Relações Pessoais e Gestão de Conflitos. Está no terceiro ano da graduação em Teologia. É advogado. É professor das disciplinas de Direito na Faculdade Adventista da Bahia. Já foi Técnico Judiciário no Tribunal de Justiça de Rondônia, onde exerceu o cargo de Conciliador Judicial; foi estagiário de Direito: Tribunal de Justiça, Justiça Federal, Procuradoria Geral, Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal.


Renato de Oliveira Macêdo - Bacharel em Teologia pelo Seminário Adventista Latino Americano de Teologia (SALT-IEANE). Licenciando em Pedagogia e Pós Graduando em Relações Pessoais e Gestão de Conflitos, pela Faculdade Adventista da Bahia (FADBA), Bahia.


Informações sobre o texto

Como citar este texto (NBR 6023:2002 ABNT)

FEITOSA, Adriano Brito; MACÊDO, Renato de Oliveira. Provérbios 29.15 e a Lei da PalmadaRevista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 22n. 510725 jun. 2017. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/58567>. Acesso em: 30 jun. 2017.

BIBLIOGRAFIA

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________. Decreto Nº. 99.710, de 21 de Novembro de 1990. Promulga a Convenção sobre os Direitos da Criança. Brasília, DF: Senado Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d99710.htm>. Acesso em 28, maio, 2017.
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________. Russel Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 12. ed. – São Paulo: Hagnos, 2014. V. 1.
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CONSULTA PROCESSUAL. Supremo Tribunal Federal. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2391964>. Acesso em 28, maio, 2017.
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________, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 38. ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
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SOCIEDADE BIBLICA DO BRASIL. A bíblia sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. 2 ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
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VAUX, R. de; OLIVEIRA, Daniel de. Instituições de Israel no Antigo Testamento. São Paulo - SP: Teológica, 2003.
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Por Marise Jalowitzki
08.maio.2015



Só o Amor pode reformular todo este caos social 
em que estamos inseridos!
 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/

Para adquirir e obter mais informações, veja no blog  (AQUI) ou encaminhe e-mail para:
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Feliz ninguém fica doente, diz Claudio Rhein, especialista em medicina chinesa




Por Claudio Rhein
publicado neste blog em 30.junho.2016
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2017/06/feliz-ninguem-fica-doente-diz-claudio.html

Feliz ninguém fica doente.
É, portanto, a energia desse estado emocional contrafeito, que se transforma 
no que chamamos de doença.
Não importa o nome da enfermidade, pois ela é simplesmente a expressão fisica desse desequilibrio interno que deixa a gente amargurado.
Assim, a doença não é aquilo que o corpo apresenta, ou que os exames mostram, sendo ela apenas a manifestação no corpo daquilo não elaborado no mundo das emoções.
Sem raiva, medo, tristeza ou preocupações não há como qualquer doença corporizar-se.
A doença não deveria chamar-se cancer, artrite, AVC, ou seja lá o nome que for, mas deveria ser chamada pelo nome correto : raiva, medo, tristeza, preocupação... Somente então a coisa poderia ser tratada de forma convincente.
Talvez um dia se chegue lá (provavelmente vai demorar).

Não é possivel separar o paciente da doença, pois a doença não é uma coisa externa, algo que se "pega por acaso", podendo ser separada do paciente atraves de algum tratamento.
Não é que a pessoa TENHA uma doença, pois a verdade é que ELA está doente, sendo a doença apenas uma expressão desse desequilibrio no qual se encontra.
Esqueça a doença (tenha ela o nome que quiser), mas trate a pessoa, pois é esse o digno de ser tratado.





 Claudio Rhein é de Caxias do Sul - RS 
Médico pediatra, formado pela UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, também formado em medicina chinesa - drclaudiorhein@yahoo.com.br 







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RELAÇÃO DE PROFISSIONAIS BRASILEIROS que defendem um aprofundamento criterioso no quadro da criança e adolescente ANTES de sair já prescrevendo psicoativos para os pequenos corpos em formação - http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2015/09/relacao-de-profissionais-brasileiros.html


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"O que eu puder ajudar para que as mães se esforcem e dêem algo natural para os seus filhos, farei o possível.. pois sou a prova viva de que isso é possível, só precisa de um pouco mais de dedicação e paciencia.." (mamãe Eliziene Ribeiro)
Por Vaneska Santos e Eliziene Ribeiro
publicado neste blog em 14.junho.2017
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2017/06/tdah-livre-de-drogas-uso-de-florais-de.html


 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 



quinta-feira, 29 de junho de 2017

Publicidade meiga para vender psicotrópicos

psicotrópicos para tdah, receitados para crianças, continuam sendo uma das maiores fontes de renda das farmacêuticas


Por Marise Jalowitzki
29.junho.2017

Circula um video que, embora bonitinho, desenho animado e tudo o mais, os rótulos estão colados na criança alvo - o menino Pablo - como se fossem a própria pessoinha!!! A irmã mais nova "apresenta" seu irmão Pablo (como sendo tdah) e as expressões "sempre", "nunca", "jamais" são repetidas à exaustão!!! Terrível isto!!

A voz da "irmazinha menor" é meiga, doce, como costumam ser as vozes das crianças e a mensagem vai sendo aceita por mães que enxergam no relato muitas das situações com que se defrontam todos os dias.

Entretanto, será que se atentam ao fato que o menino está sendo simplesmente julgado com as expressões usadas, com a descrição utilizada, como se ele fosse um produto e não uma pessoa? um "fato feito" que precisa ser "moldado"...e, claro, com químicos?

Em qualquer nível de conversação, quando se usa terminologias sempre assim julgadoras e condenativas, "fecha-se a porta" para qualquer outra visão, para abordagens diversas, inclusive fecha-se a porta para o equilíbrio!!!

Já assisti há tempos este video.

Impossível repassar aqui, onde trabalhamos tanto para não colar rótulos-etiquetas em nossos pequenos!

Chegando ao final do video, só verificar quem produziu: o laboratório fabricante do ven-van- se...claro, quem mais poderia ser além dos que querem lucrar com o convencimento de mães e pais de que o filho "é um problema"??

Bem, eles (laboratórios) são uma indústria, são empresas, precisam sempre estar em dia com sua liquidez no caixa, querem sempre aumentar mais e mais seus lucros... convencer é uma das mais fortes estratégias de marketing. Não serão eles que irão mudar!

Quem precisa mudar é o mundo adulto - pais, mães, familiares, com seus rígidos conceitos e normas!

Quem precisa mudar são as escolas, com suas metodologias arcaicas, defasadas, antigas e nada atraentes!

Quem precisa mudar são os médicos, que necessitam voltar, urgentemente, ao conceito-missão de ajudar na cura, não em manter clientes!!

Após uma das exposições, há um excelente comentário, que transcrevo, por concordar inteiramente:

Marisa Gómez · Médico Facultativo Especialista de Área Cirugía Ortopédica y Traumatología at Hospital Universitario Ramón y Cajal

"Lo que no dice la historia es que a Pablo además se le medica con un derivado de la anfetamina, una sustancia dopante para mejorar su capacidad de concentración, que se le administra durante un prolongado espacio de tiempo en un momento en que su cerebro se está desarrollando y cuyas consecuencias a largo plazo sobre el funcionamiento cerebral desconocemos, aunque ya se han apuntado alteraciones de conducta, aumento del índice de suicidios, etc..." ( http://www.imaginario.es/corto-entender-tdah/# )


 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

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LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade


terça-feira, 27 de junho de 2017

Seu filhote ainda faz xixi na cama? Fisioterapia urológica ao invés de medicação – Relato de Mãe

fisioterapia urológica, nada de tofranil - imipramina - foram indicadas 10 sessões - bastaram 5!




Por Marise Jalowitzki

Recebi o questionamento de uma mãe que levou sua menina de 8 anos ao médico, pois a pequena faz xixi na cama frequentemente, independente se toma líquido antes de dormir ou não. O médico, em uma única consulta de 5 minutos, receitou Tofranil (imipramina) e disse pra voltar em um mês. A menina não se deu bem com a medicação e continuou com a enurese. A mãe, preocupada, pergunta o que fazer.
Sabemos que, em uma grande quantidade de situações, o fato de não segurar o xixi enquanto dorme pode estar ligado a fatores emocionais como medo, angústia, ansiedade. É bem importante que pais reflitam sobre este aspecto, acompanhem as emoções vivenciadas pelo filho durante o dia, estabeleçam um diálogo aberto, disposto à escuta. Muita coisa se resolve assim, com uma boa conversa, rotineiramente. Noutras vezes, fica importante proporcionar uma terapia psicológica à criança, pois nem sempre ela consegue se abrir com os pais ou mesmo reconhecer o que está causando este suposto medo. Também os Florais, Homeopatias e Fitoterápicos podem ajudar. E, neste artigo, vamos comentar também sobre outro tipo de tratamento: a fisioterapia urológica.

Sobre o Tofranil - cloridrato de imipramina = Imipramina

Quanto à imipramina, ela nem deveria estar tomando, receita que nem deveria existir, pois a imipramina pertence aos antidepressivos tricíclicos, que não são liberados para crianças, especialmente para casos diagnosticados como TDAH.

A FDA (Foods and Drugs Agency - Agencia Reguladora de Alimentos e Drogas dos EUA) e o NIMH - National Institute of Mental Heath - Instituto Nacional de Saúde Mental, orgãos cujas diretrizes o Brasil segue, não liberam este psicofármaco (imipramina) para crianças, somente para indivíduos a partir dos 18 anos. O uso no Brasil, portanto, é "off-label" - "fora-de-rótulo", “fora de autorização”, ou seja, está sendo receitado para indicações não aprovadas pelos órgãos oficiais por ocasião da autorização de comercialização.

(Ao final desta página, veja link sobre imipramina)

Esta orientação (de não receitar antidepressivos tricíclicos para crianças) não vem sendo seguida por muitos médicos brasileiros, ou por desconhecimento ou imperícia mesmo!
Antidepressivos tricíclicos são denunciados todos os dias como uma das maiores causas de suicídio, especialmente entre jovens. Suicídio é a 3ª causa de morte entre adolescentes e jovens.

Efeitos colaterais adversos aparecem logo ou um tempo após a ingestão de psicotrópicos

A maioria dos psicofármacos começa funcionando bem. Os pais sentem um alívio, a escola para de pressionar, o médico fica satisfeito por ter “acertado”... a criança, achatada, “finalmente” resolveu se aquietar!... Depois de um determinado tempo, volta ao que era antes, ou piora, ou aparecem outras complicações (que os médicos chamam de comorbidades). São, na verdade, efeitos colaterais dos medicamentos. Psicotrópicos tem TANTA contra indicação que os médicos, por vezes, nem conhecem todos os efeitos colaterais e, aí, receitam um que interage com o outro, o que só faz piorar!!... Mais a alimentação indevida, o entorno (mundo adulto) que não para pra pensar em sua parcela de responsabilidade [e necessária mudança] e a zorra está feita – nas costas da criança, claro e, por tabela, na dos pais que não sabem mais o que fazer.

Psicotrópicos não são para crianças. Na verdade, não servem para ninguém por muito tempo. Mas, o estrago que fazem em um corpinho em desenvolvimento, afetando outras áreas do cérebro, trazendo efeitos devastadores também no físico, isto ainda não se divulga com a regularidade que deveria.

Cabe aos pais tomar a decisão de continuar administrando ou parar, com o devido acompanhamento, substituindo gradativamente por medicações das outras medicinas e mais práticas alternativas.

Querendo, há mais para ler e se informar. - http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/04/o-lucas-tem-acordado-meio-confuso.html - 

http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/01/tdah-quando-o-adolescente-chora-e-pede.html - Tratamentos homeopáticos atendem a estes sintomas sem os efeitos adversos do Tofranil (ou outros). Abs Marise Jalowitzki

Seu filhote ainda faz xixi na cama? Fisioterapia urológica ao invés de medicação – Relato de Mãe

A mãe Priscila T., depois de cansar de tanta receita de medicação pesada para seus filhotes de 6 e 9 anos, resolveu pesquisar sobre alternativas. Encontrou a fisioterapia urológica. Leia o relato:

 “Meus filhos tinham enurese noturna e a melhor coisa que recomendo hoje a fazer é fisioterapia urológica. Um dos medicamentos receitados era o Tofranil (imipramina) para a enurese... imagina tomar a vida toda isso se não curasse! Aí fiz a fisioterapia e apenas em 5 sessões mudou tudo. Bem melhor que dar remédios a estes anjos...
Nem eu sabia que existia...rsrsrs... aí, de tanto a médica receitar qualquer coisa, sem resultado, comecei a pesquisar e achei isso. Foi uma maravilha...  só que é preciso suspender a medicação que ele está tomando, senão você não irá ver se a fisioterapia está fazendo efeito. Eu fiz ao final do ano passado nos meus dois meninos de 9/6 anos.

Consiste em uns choques que eles ganham no meio da perna, coisa leve para estimular a vontade de fazer xixi durante o dia. Também tem que fazer teu filho ir ao banheiro a cada duas horas e em seguida toma água. Fiz 5 vezes, era pra fazer 10 e nem precisou. Eles só fazem xixi agora se bebem líquido muito tarde da noite, mas é bastante raro acontecer...


Acho um pecado estes médicos só receitar medicação para crianças, sendo que existem outros meios.. o meu tem tdah e eu optei pelo floral. Tem de ter paciência, mas ajuda. Estes remédios pra esta idade é muita química...” 

Em concordância total!

Novas terapias
O biofeedback e a eletroestimulação de superfície são novas opções terapêuticas para as crianças com distúrbios miccionais. 
O biofeedback é uma técnica desenvolvida nos anos 60 para pacientes neurológicos, mas que na prática urológica pediátrica tem pouco mais de 10 anos. Permite que a criança, primeiramente, tome consciência do funcionamento da musculatura perineal e, a partir destas informações, possa trabalhar para melhorar a qualidade do esvaziamento da bexiga. 
A eletroestimulação sacral transcutânea é uma técnica segura e comprovadamente eficaz* para o tratamento de crianças com bexiga hiperativa. Tem vantagens sobre os tratamentos farmacológicos, como a inexistência de efeitos adversos.

Do LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
"Neurofeedback
Determinados estudos evidenciam que a principal característica neurológica do TDAH é um excesso de ondas de baixa frequência (ondas lentas) no córtex frontal, não permitindo a transmissão adequada de impulsos nervosos entre os neurônios. As descargas elétricas são a base de transmissão de informação entre os neurônios, responsáveis pelo funcionamento do cérebro. Sendo o córtex pré-frontal o responsável pelas funções de controle voluntário da atenção, planejamento, julgamento, tomada de decisão, autocontrole, e outras, surgem então os sintomas do TDAH. 




Segundo o EEG Spectrum Affiliate (República Tcheca) neurofeedback ou neurobiofeedback é um conjunto de procedimentos baseados no processo de reforçamento condicionado, no qual se aprende a controlar a frequência das ondas cerebrais. Esta alteração atua sobre a base biológica do transtorno, proporcionando então um efeito duradouro e não apenas momentâneo como os produzidos pelos psicoestimulantes (estimulação química). 

O treinamento de neurofeedback é um procedimento indolor, não invasivo. Um ou mais sensores são colocados sobre o couro cabeludo, e uma em cada orelha. As ondas cerebrais são monitoradas por meio de um amplificador e um instrumento baseado em computador, que processa o sinal e fornece a informação adequada. Isto é apresentado ao paciente, por meio de um jogo de vídeo, ou outro monitor de vídeo, juntamente com os sinais de áudio. O indivíduo é convidado a conduzir o jogo de vídeo com seu cérebro. 

Com o aumento da atividade de banda em frequência desejável, o jogo de vídeo se move mais rápido, ou alguma outra recompensa é dada. Com a atividade em aceleração diversa da banda, o vídeo game é inibido. Aos poucos, o cérebro responde convenientemente aos estímulos que estão sendo dados, e uma "aprendizagem" de novos padrões de ondas cerebrais ocorre. O novo modelo é mais próximo do que normalmente observado em indivíduos sem essas deficiências.

O tratamento pode durar de 30 a 60 sessões de, em média, 45 minutos (a primeira dura 2h). Essa é uma alternativa para pleitear uma redução da medicação ou até mesmo a extinção do tratamento medicamentoso (metilfenidato), uma vez que consiga, após o tratamento com neurofeedback, aumentar sua frequência cerebral. A durabilidade do tratamento, ao contrário dos medicamentos psicoestimulantes, acontece de uma maneira duradoura e sustentada.


No caso do TDAH, a impulsividade, distração e hiperatividade podem todos responder ao treinamento. Isso pode levar a muito mais bem sucedido desempenho escolar. As funções cognitivas podem melhorar bem. Em vários estudos controlados, foram encontrados aumentos de 10 e mais pontos no QI de um grupo representativo de crianças com TDAH. O comportamento pode ser modificado em outros aspectos também: Se a criança é muito birrenta, é beligerante, e até mesmo violenta ou cruel, esses aspectos de comportamento podem ficar controlados na criança... Aqui também cabe ponderar..." (pág 121 e 122 - Livro TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM de Marise Jalowitzki)
Pra concluir este artigo: Estas situações podem se perpetuar no mundo adulto. Sempre importante observar nossos ciclos e, dependendo da frequência, procurar ajuda! Tenho um amigo com mais de 50 que, quando se sente ameaçado grandemente, acaba molhando (um pouco) a cama! Quando ele me contou, logo sugeri a homeopatia, ou os Florais de Bach, para tratar, junto com terapia psicológica. Pra ver que, caso a pessoa não contate com a emoção que gera o comportamento indesejado, tudo pode continuar ao longo da existência. Não adianta, temos de tratar nossas emoções e buscar o autoconhecimento, sempre.
 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

blogs:
www.tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br


LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade


Querendo, leia:

http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/04/o-lucas-tem-acordado-meio-confuso.html


Que nossos pequenos possam viver a Vida que vieram para viver, ditada por Aquele que Nos Fez!