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Por Silvio de Jesus Possatti
22.outubro.2016
O que estão fazendo com nossas crianças?
Somos o segundo maior consumidor mundial do psicotrópico que têm como princípio ativo o cloridrato de metilfenidato (ritalina, concerta, aderall e outros), e infelizmente ainda não há consenso sobre o uso do medicamento entre a classe médica. Há os que o defendem, garantindo que os remédios cumprem sua função para quem apresenta os comportamentos tidos como indesejados; do outro lado, gente que teme o pior ao comparar os efeitos das doses aos da cocaína, alertando que meninos e meninas que usam a droga correm risco de vida.
Diante do quadro, em que muitos médicos preocupados com o futuro da nova geração chegam a duvidar até mesmo da existência do TDAH – distúrbio neurológico identificado, na maioria das vezes, na idade escolar, em crianças e adolescentes desatentos, agitados e com dificuldades de aprendizagem. Fato é: há o uso desenfreado das medicações, conhecidas comercialmente como Concerta e Ritalina, e Venvanse (esse mais recente). Polêmico, o assunto envolve a indústria farmacêutica, põe em xeque pesquisas científica e divide a medicina. Não sem razão. Estamos falando de crianças, de uma geração futura.
Desde quando esses comportamentos infantis, variando de normais a indisciplinados, se tornaram uma doença? Mas, mesmo assim, no mundo, milhões de crianças são diagnosticadas com TDAH, quatro a nove vezes mais meninos que meninas. Virou moda no Brasil, como nos Estados Unidos, diagnosticar crianças bagunceiras como "hiperativas".
E no mundo globalizado em que vivemos, temos pais fatigados; professores estressados em escolas superlotadas, um medicamento para controlar "crianças difíceis" é como uma "bênção": “Fica claro porque TDAH se tornou uma ‘epidemia’”. Quando uma criança é medicada, todos ficam felizes. A companhia farmacêutica tem mais uma venda, alguns médicos mais um paciente, os pais são isentados, e a escola se livra de um problema comportamental. Todos estão felizes, exceto a criança. E nesse caso a criança não tem voz.
Por isso, informe-se sempre. Saber mais sobre o TDAH é essencial, o primeiro passo é buscar conhecimento, posteriormente um profissional de saúde que faça uma boa avaliação (diagnóstico) é fundamental. Essa avaliação deve acontecer por uma equipe multiprofissional (onde todos os envolvidos analisem e emitam seu parecer ANTES de definir um diagnóstico), incluir todo o histórico de dificuldades da criança e não só os problemas escolares; com detalhes abrangentes sobre o processo de desenvolvimento e o histórico de sintomas. “Não é porque alguém é distraído ou agitado que tem um transtorno. Mas é muito perigoso também confundir os sintomas do TDAH com traços da personalidade”.
Tratamento através do Neurofeedback
Saiba que há outras opções para o tratamento, além do usual método de medicação psicotrópica. Atualmente, através do desenvolvimento tecnológico, o Neurofeedback surge como uma opção, com potencial para melhorar o foco, a concentração e o equilíbrio emocional, de maneira natural e não invasiva, agindo diretamente sobre as estruturas cerebrais responsáveis pela falta de atenção, hiperatividade, impulsividade, dificuldades com memória, entre outros. Os resultados obtidos com a tecnologia do neurofeedback em relação ao controle dos sintomas e da atividade do cérebro são equiparáveis aos resultados do uso de medicação, com a vantagem de não ter os efeitos colaterais.
O Neurofeedback é recomendado por instituições acadêmicas e científicas dos Estados Unidos. No Brasil seu uso ainda é recente, em crescente processo de aceitação.
Silvio de Jesus Possatti - Psicanalista pela Associação Brasileira de Psicanalise, doutorando pela Sociedade iInternacional de Psicanalise, especialista em TDAH infantil-jovem-adulto; terapeuta cognitivo comportamental, coaching em relacionamentos interpessoal / sentimental, neuroterapeuta, especialista em terapia com bio e neurofeedback, PNL.
F.: 011 41257988 Rua Dr. Flaquer 355 - centro -São Bernardo do Campo - São Paulo - .Facebook: Silvio Leao - site: www.mentalemocionalcoaching.com.br
"O treinamento de neurofeedback é um procedimento indolor, não invasivo. Um ou mais sensores são colocados sobre o couro cabeludo, orelha, face. As ondas cerebrais são monitoradas por meio de um amplificador e um instrumento baseado em computador, que processa o sinal e fornece a informação adequada. Isto é apresentado ao paciente, por meio de um jogo de vídeo, ou outro monitor de vídeo, juntamente com os sinais de áudio. O indivíduo é convidado a conduzir o jogo de vídeo com seu cérebro." |
(pág 121 e 122 - Livro TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM de Marise Jalowitzki) |
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