terça-feira, 8 de agosto de 2017

TDAH e outros transtornos - Crianças Diferentes, Crianças Especiais - Crianças...



Nossa obrigação e compromisso, enquanto adultos, é proteger TODAS as crianças. Elas são frágeis, sejam impulsivas, agressivas e-oou retraídas. Aportaram em nossos caminhos para que aprendamos junt@s! Elas precisam de Amor e Acolhimento para se sentirem confiantes.
Vamos fazer a nossa parte, elogiando-as, reforçando-as nas suas qualidades. É isto que fortalece!




"Muitas crianças de hoje possuem, consciente ou subconscientemente, a noção clara de que o mundo que lhes é oferecido está cheio de graves incoerências e suas respostas a tudo isso se refletem em desatenção, em evasão, em tentar levar os outros para brincadeiras, tornando-se inconvenientes, desviando o foco da “chatice”, em casa ou em sala de aula, em uma situação de ensino que não lhes chama a atenção, onde não encontram significado nem utilidade. Apropriar-se do conhecimento para que, se não enxergam onde e como utilizá-lo? Sequer o assimilam!  

Desde sempre coisas desse teor já foram ditas e sentidas, só que se antes, em alguns casos, as instituições conseguiam abafar os mais irreverentes pela palmatória e outros castigos e exposições humilhantes, agora, com a legislação considerando a agressão infantil como crime (felizmente!), os adultos, na maioria sempre intolerantes e impacientes, procuram outra forma de silenciar as inssurreições, as desobediências: uma pílula, a Ritalina ou Concerta! Há uns trinta anos era o Gardenal. Tive uma colega de trabalho que tinha os olhos enormes, saltados (efeito colateral) e muita mágoa na alma pelo que fizeram com ela. As saídas pérfidas estão aí, há muito tempo, só que agora a sede por dinheiro, a ganância, fez com que alguns ramos da indústria farmacêutica aumentassem o fomento ao consumo, incluindo campanhas dentro das escolas, fazendo com que milhares e milhares de crianças entrassem nesta rota de fuga da realidade.

É hora de rever. De parar. De pensar nas consequências. De trazer mais felicidade para a vida de todos. De otimizar relações de convívio, seja em casa, escola, igreja, comunidade. De reinventar a maneira como se faz Educação. De ampliar conceitos de inclusão e convívio com as diferenças, temas tão alardeados por todos e ainda tão longe de ser uma prática.

Está aqui uma proposta para se debruçar sobre um cenário integrativo, que objetiva evidenciar que as diferenças entre os seres humanos existem para somar, nunca para dividir, que dirá, segregar ou excluir. A dicotomia presente em cada um de nós, onde, de um lado, queremos ser um “igual” conforme os ditames da pressão social, ser um “normal“ – obediente às normas e, assim, sentir-se integrado e incluído em determinados grupos (família, escola, amigos, trabalho, comunidade, etc.); e, por outro lado, e ao mesmo tempo, fazer “de um tudo” para ser (o que naturalmente somos): único, especial, diferente. Essa tentativa de querer mostrar que é único e diferente fica ainda mais forte entre os jovens e se manifesta no jeito especial de falar, a criação de “idiomas” específicos na Internet, gírias que mudam frequentemente, toques exclusivos nas roupas, o corte de cabelo, um estilo próprio de agir, a procura de um hobby radical ou atividade laboral; tudo leva para a diferenciação e o ineditismo. A procura e a conexão com o EU. Então, como assim, querer trabalhar a mente de uma criança para que ela se debruce sem questionar, nem ver mais nada, e apenas faça o seu dever de casa, sente direitinho, coma de um jeito educado, fale baixo e não transmita nada que possa ser interpretado com fora-da-casinha? Todas as invenções e inovações aconteceram quando alguém conseguiu olhar além da moldura!

Os distúrbios conhecidos como DDA (Déficit De Atenção), DDAH (Déficit De Atenção e Hiperatividade), agora tudo incluído como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) constam na lista de doenças mentais (ver capítulo sobre DSM e OMS), o tarja preta à base de metilfenidato (no Brasil comercializado como Ritalina, Ritalina LA e Concerta). A divulgação ampla dos efeitos, advertências, riscos e alternativas de tratamento é necessária e premente. Duas correntes igualmente fortes atuam concomitantemente: de um lado, especialistas que defendem e incentivam o uso do fármaco; de outro, especialistas e institutos de saúde internacionalmente reconhecidos pela sua idoneidade e ética afirmam que os possíveis (e irreversíveis) danos que os efeitos colaterais podem conferir precisam ser mencionados aos pais ANTES da administração em crianças e adolescentes. E que haja criteriosa avaliação sobre os diagnósticos já emitidos.

É preciso rever, com seriedade e determinação, qual a sociedade que queremos, qual o mundo que vamos deixar para nossos filhos e netos e mais além, antes que tenhamos [des]construído uma sociedade que veio para nascer, viver, ser feliz, imortalizar-se (através da concepção) e morrer.  Uma humanidade robotizada e subserviente a alguns, é isso que desejamos? A chamada “Pílula da Obediência” está em xeque." (Livro TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM - pág 14)

Felizmente. 






 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

blogs:
www.compromissoconsciente.blogspot.com.br


LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM

Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade



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