Marise Jalowitzki
08.agosto.2017
https://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2017/08/tdah-e-outros-transtornos-criancas.html
08.agosto.2017
https://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2017/08/tdah-e-outros-transtornos-criancas.html
"Muitas crianças
de hoje possuem, consciente ou subconscientemente, a noção clara de que o mundo
que lhes é oferecido está cheio de graves incoerências e suas respostas a tudo
isso se refletem em desatenção, em evasão, em tentar levar os outros para
brincadeiras, tornando-se inconvenientes, desviando o foco da “chatice”, em
casa ou em sala de aula, em uma situação de ensino que não lhes chama a atenção,
onde não encontram significado nem utilidade. Apropriar-se do conhecimento para
que, se não enxergam onde e como utilizá-lo? Sequer o assimilam!
Desde sempre coisas desse teor já foram ditas e sentidas, só que se antes, em alguns casos, as instituições conseguiam abafar os mais irreverentes pela palmatória e outros castigos e exposições humilhantes, agora, com a legislação considerando a agressão infantil como crime (felizmente!), os adultos, na maioria sempre intolerantes e impacientes, procuram outra forma de silenciar as inssurreições, as desobediências: uma pílula, a Ritalina ou Concerta! Há uns trinta anos era o Gardenal. Tive uma colega de trabalho que tinha os olhos enormes, saltados (efeito colateral) e muita mágoa na alma pelo que fizeram com ela. As saídas pérfidas estão aí, há muito tempo, só que agora a sede por dinheiro, a ganância, fez com que alguns ramos da indústria farmacêutica aumentassem o fomento ao consumo, incluindo campanhas dentro das escolas, fazendo com que milhares e milhares de crianças entrassem nesta rota de fuga da realidade.
Desde sempre coisas desse teor já foram ditas e sentidas, só que se antes, em alguns casos, as instituições conseguiam abafar os mais irreverentes pela palmatória e outros castigos e exposições humilhantes, agora, com a legislação considerando a agressão infantil como crime (felizmente!), os adultos, na maioria sempre intolerantes e impacientes, procuram outra forma de silenciar as inssurreições, as desobediências: uma pílula, a Ritalina ou Concerta! Há uns trinta anos era o Gardenal. Tive uma colega de trabalho que tinha os olhos enormes, saltados (efeito colateral) e muita mágoa na alma pelo que fizeram com ela. As saídas pérfidas estão aí, há muito tempo, só que agora a sede por dinheiro, a ganância, fez com que alguns ramos da indústria farmacêutica aumentassem o fomento ao consumo, incluindo campanhas dentro das escolas, fazendo com que milhares e milhares de crianças entrassem nesta rota de fuga da realidade.
É hora de rever.
De parar. De pensar nas consequências. De trazer mais felicidade para a vida de
todos. De otimizar relações de convívio, seja em casa, escola, igreja,
comunidade. De reinventar a maneira como se faz
Educação. De ampliar conceitos de inclusão e convívio com as diferenças,
temas tão alardeados por todos e ainda tão longe de ser uma prática.
Está aqui uma
proposta para se debruçar sobre um cenário integrativo, que objetiva evidenciar
que as diferenças entre os seres humanos existem para somar, nunca para
dividir, que dirá, segregar ou excluir. A dicotomia presente em cada um de nós,
onde, de um lado, queremos ser um “igual”
conforme os ditames da pressão social, ser um “normal“ – obediente às normas e, assim, sentir-se integrado e incluído
em determinados grupos (família, escola, amigos, trabalho, comunidade, etc.);
e, por outro lado, e ao mesmo tempo, fazer “de
um tudo” para ser (o que naturalmente somos): único, especial, diferente.
Essa tentativa de querer mostrar que é único e diferente fica ainda mais forte
entre os jovens e se manifesta no jeito especial de falar, a criação de
“idiomas” específicos na Internet, gírias que mudam frequentemente, toques
exclusivos nas roupas, o corte de cabelo, um estilo próprio de agir, a procura
de um hobby radical ou atividade
laboral; tudo leva para a diferenciação e o ineditismo. A procura e a conexão
com o EU. Então, como assim, querer trabalhar a mente de uma criança para que
ela se debruce sem questionar, nem ver mais nada, e apenas faça o seu dever de
casa, sente direitinho, coma de um jeito educado,
fale baixo e não transmita nada que possa ser interpretado com fora-da-casinha? Todas as invenções e
inovações aconteceram quando alguém conseguiu olhar além da moldura!
Os distúrbios
conhecidos como DDA (Déficit De Atenção), DDAH (Déficit De Atenção e
Hiperatividade), agora tudo incluído como TDAH (Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade) constam na lista de doenças mentais (ver capítulo
sobre DSM e OMS), o tarja preta à base de metilfenidato (no Brasil
comercializado como Ritalina, Ritalina LA e Concerta). A divulgação ampla dos
efeitos, advertências, riscos e alternativas de tratamento é necessária e
premente. Duas correntes igualmente fortes atuam concomitantemente: de um lado,
especialistas que defendem e incentivam o uso do fármaco; de outro,
especialistas e institutos de saúde internacionalmente reconhecidos pela sua
idoneidade e ética afirmam que os possíveis (e irreversíveis) danos que os
efeitos colaterais podem conferir precisam ser mencionados aos pais ANTES da
administração em crianças e adolescentes. E que haja criteriosa avaliação sobre
os diagnósticos já emitidos.
Felizmente.
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
blogs:
www.compromissoconsciente.blogspot.com.br
LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar
Déficit de Atenção e Hiperatividade
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