quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Déficit de Atenção e Hiperatividade - 10 Dicas antes de medicar seu filho

Por Marise Jalowitzki
08.dezembro.2016
Para as mães preocupadas com a medicação passada pelo médico a seu filhote.Temos de lembrar que:
1- Todas as drogas possuem algum efeito colateral. OK, isso todas as mães já sabem. Portanto, quanto mais conhecermos sobre todos os medicamentos que ingerimos, melhor. Infelizmente, nem todas as dúvidas são retiradas na hora da consulta. Aliás, quase nenhuma, pois o ambiente nem propicia perguntas e diálogos. O que fazer? A cada dia mais e mais denúncias de efeitos colaterais são divulgadas. Bora conhecer!

2- Evitar tomar remédios para tudo. Sim, no Brasil, infelizmente, temos uma cultura do "remedinho" pra tudo. Mas isso tem de mudar! Para as dores de cabeça 'costumeiras', por exemplo, temos de procurar a origem delas (noites de sono mal dormidas, estresse no trânsito, falta de alimentação balanceada, roupa-sapatos que desconfortam, ambiente hostil...tantas coisas!) e tentar minimizar o mais possível. A prática de meditação, yoga, reiki, são das mais indicadas (até para encontrar espaços para a prática).

3- Não se importar em ser a "mãe-chata". É nossa obrigação, como clientes-pacientes-consumidores, pedir que o médico prescritor nos forneça o maior número de informações possíveis. E, caso ele seja muito grosseiro (o que tem sido bem mais comum que se pensa), ou meio indiferente ou até debochado (tentando deixar a mãe com a sensação que está vendo cabelo em ovo), dar o melhor jeito possível e trocar de médico, até encontrar um que atenda com respeito e interesse real.


4- Exigir informações que sanem as dúvidas.Afinal, trata-se do SEU filho. O desempenho do médico vai fazer toda a diferença. É papel dele tirar as dúvidas. Bem sabemos que isto (do médico explicar em detalhes) nem sempre acontece, seja pela arrogância do médico ('não adianta explicar que o paciente não vai entender!" - como já ouvi em vários trabalhos de grupo que desenvolvi junto a Secretarias de Saúde), seja pela pressa (tempo de duração sempre mais curto das consultas), seja pelo próprio desconhecimento do médico sobre o assunto. Assim, quanto mais informação pudermos obter sobre os medicamentos, quando eles forem mesmo necessários, melhor (como reportado no item 1).


5- Ler a bula. Minuciosamente. Assim, antes de administrar qualquer medicamento, por mais suave que pareça, temos de ler a bula, tentar decifrá-la, mesmo nas letras pequenas. E, caso não entendermos direito - e infelizmente isto é tão comum - voltar ao médico, ao farmacêutico, à enfermeira, se informar o mais possível, o que inclui ir pesquisar na web. Muita gente zomba e critica isto de procurar na internet. Mas, o que resta? Importante é procurar em sites conofiáveis.

6- Procure pesquisar em sites confiáveis. Particularmente, procuro sempre ir nos sites oficiais dos EUA e UE - União Europeia. Como a ANVISA segue o padrão norteamericano de legislação medicamentosa, sites como da FDA, EDA, NIH(National Institute of Health), que tem várias outros caminhos - NIMH (National Institute of Mental Health), etc., são os melhores. Um dos que pesquisei há pouco é: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles. Também as revistas médicas The Lancet Psyquiatryc, além de jornais famosos, como Daily Mail, , New York Times (EUA), The Guardian, Der Spiegel (Alemanha), etc.. Infelizmente, os canais de acesso aos nossos sites brasileiros, mesmo os da ANVISA, não costumam sanar as dúvidas, muitos nem possuem canais de busca.


7- Não ceder à pressão apenas por medo. Pelo medo, tão incutido em nosso meio (medo de que o filho fique pior, medo que o médico seja muito áspero, medo de perder o direito à consulta, medo de não receber mais os medicamentos pelo SUS, medo de ser acusado de 'não fazer o melhor pelo filho'... são tantos os medos que nos incutem e é tanto o desprezo dirigido a quem contesta - por vezes, apenas pergunta - que, sei bem, é bastante difícil ter coragem para tomar decisões que vão na linha contrária a este excesso de medicalização em que estamos imersos. Mas, aos poucos, tente, pesquise. Pergunte ao médico quais os outros medicamentos substitutivos. Procure alternativas. E, quando não houver outro jeito, use tranquilamente a medicação proposta e fique atento aos sinais. Sem medo, por precaução. E, aos primeiros sinais, procure ajuda efetiva, expliqueo que já sabe! Seja em relação à ritalina, à risperidona, à carbamazepina (Tegretol) e tantos outros.

8- Denuncie sempre que se sentir abandonada pelo seu médico ou explorada na sua boa fé. Procurar ajuda também significa denunciar. Há poucos órgãos que se dedicam de maneira efetiva a auxiliar o cidadão quando ele precisa. Em outros países os processos se avolumam, onde, pelo menos, as famílias pleiteiam indenizações pelo sofrimento causado ao paciente. E, mesmo nos casos de óbito, é preciso denunciar, pois só assim poderemos pensar em um futuro mais justo, com mais informação. O nível de desconhecimento em tantas perguntas que recebo de mães, dá a dimensão do quanto tateamos no escuro, procurando uma luz de esclarecimento. Isto tem de mudar. Alguns advogados no Brasil já se dedicam a estas causas. (Dr. Lisandro Calir Adames- RS é um deles. Que se somem muitos outros nomes a esse!)


9 - Use mais e mais das outras medicinas. Elas podem reforçar o sistema imunológico de tal forma que muitas e muitas situações e-ou doenças sequer vão eclodir. Desde desatenção e-ou hiperatividade, problemas de audição, de visão, problemas cardíacos, de respiração, até mesmo gripes, dores-de-cabeça, ansiedade, nervosismo... A Homeopatia, a Fitoterapia, a Medicina Antroposófica são medicinas reconhecidas pelo Ministerio da Saúde. E há várias outras intervenções aplicáveis e bem sucedidas: meditação, reiki, yoga, terapia crâniosacral... são tantos os caminhos que trazem bons retornos, sem os efeitos cruéis de tantos fármacos alopáticos .

10 - Incentive a criação de um órgão oficial que acolha e providencie melhoras, indenizações aos pacientes que sofreram danos pela prescrição indevida de medicamentos. Espero que logo tenhamos uma Fundação que possa amparar os cidadãos, que defenda os direitos de cada um. Assim como fez a Julie que tanto sofreu com a SSJ, quando bebê e, ao crescer, agora já moça, dedica-se a esclarecer as pessoas para que, ao primeiro sinal desta terrível síndrome, possam buscar ajuda! Muita Força e Perseverança!

Querendo, leia aqui:
TDAH - Carbamazepina e oxcarbazepina são as causas mais comuns da Síndrome de Stevens-Johnson

"A carbamazepina é a causa mais comum da síndrome de Stevens-Johnson (SJS) e um novo fármaco anti-epiléptico, oxcarbazepina, está estruturalmente relacionado com a carbamazepina, também tem sido demonstrado como indutor de SJS." ( NCBI -Gov.EUA) - Trileptal - carbamazepina - oxcarbazepina - Tegretol - 

No Brasil, este medicamento também vem sendo largamente utilizado para Déficit de Atenção, mesmo não sendo liberado pela ANVISA para este fim.



USO DE REMÉDIOS PARA FINS DIFERENTES AO APROVADO
As perguntas que recebo de tantas mães por vezes só dá vontade de chorar! Como os médicos não explicam sobre os possíveis efeitos colaterais dos psicofármacos? E, mesmo depois, quando vão ao hospital por um "mal que ninguém conhece", nem aí os médicos que atendem explicam que é efeito colateral?? Pode isso?http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/12/prescricao-de-psicotropicos-off-label.html



 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

blogs:
www.compromissoconsciente.blogspot.com.br


LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM

Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade

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