A desobediencia, a impulsividade, a contestação tambem são características dos destemidos, dos empreendedores, dos líderes! |
Por Marise Jalowitzki
15.abril.2016
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/04/tdah-escola-reclama-os-pais-estao.html
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2016/04/tdah-escola-reclama-os-pais-estao.html
Muitos são os especialistas que advertem para uma maior compreensão dos adultos envolvidos na educação e comportamento de uma criança. Dr. Gerd Glaeske é uma destas personalidades – farmacologista e professor de farmacêutica na Universidade de Bremen - Alemanha. Trabalha de maneira tenaz na divulgação e alertas sobre a influência dos medicamentos, especialmente os aditivos (que viciam), principalmente crianças e jovens, cujo cérebro ainda está em formação.
Hoje mais uma mãe contatou para trazer das reclamações da escola para com seu filho.
"E mais um dia fui chamada na escola pela diretora e aparece a professora para dizer que meu filho de 8 anos não obedece , desafia , provoca as crianças e fala palavrões ! PALAVRÕES NÃO 😩 ...
Percebi que a professora de educação artística que reclamou não tem muito preparo e acho que nem conhece " transtornos" mas enfim não seria eu a explicar até porque ela parecia meio indignada com meu filho ( tipo , não recebe educação em casa ) aí fiquei na sala com meu marido e diretora que por sinal é muito compreensiva e disse que não vai desistir do meu filho ! Ufa ... Pelo menos isso né ? Não consegui segurar as lágrimas e ela quase chorou comigo me confortando . Aí fico ... meu Deus quando tudo isso vai passar , só não disse pra ela que me recusei a dar o medicamento ( ritalina ) é claro , mas juro que quando estava escutando todas as reclamações fiquei tentada a dar , pensando se as reclamações diminuiriam "
A desobediencia, a impulsividade, a contestação tambem são características dos destemidos, dos empreendedores, dos líderes! Em escolas realmente acolhedoras, isto é visto com determinação e encaminhado para que se torne em iniciativa que ajude a toda a turma. Nestas instituições, esta criança "rebelde", cheia de vitalidade, é destacada pela professora. Recebe até mesmo um distintitivo no peito, como uma estrela ou um escudo, sendo "eleito" como assessor, "ajudante da profe", etc Entrega as folhas de exercício, ajuda a recolher, coloca o giz... Em instituições despreparadas, no entanto, tudo é colocado nas costas da criança sob o nome de culpa!
E a criança capa esta dicotomia, em dar ou não dar a ritalina como a salvação. Tenta ouvir tua intuição, sente se a pressão vai ou não te dominar (sei que teu esposo também tenta te convencer em dar o psicotrópico) e analisa, com o coração, até onde vocês estão fortes, querendo mesmo abraçar seu filho e enfrentar o mundão engessante que aí está! Não é empreitada fácil, nem rápida. O entendimento é de vcs. Daqui, desejando sempre o melhor!
(já passei as dicas sobre homeopatia, fitoterapia, florais, terapia, reiki, meditação, esporte, alimentação, qualidade do sono))
Garotos Guerreiros, Medo e Agressividade
Em um jornal
alemão, o Frankfurter Allgemeine Zeitung, Gerd Glaëske, farmacologista que é
contrário ao uso de metilfenidato em crianças, diz: “Nossos sistemas
tornaram-se hostis para os meninos. Se achamos que as maneiras dos meninos
chateiam, você tem que falar com aqueles que se incomodam com isso e não querer
mudar os meninos!” Meninos procuram o risco, querem a aventura, querem ultrapassar
barreiras, mas não encontram lugar para isso, não tem liberdade para se
expressar, para se experimentar. Lembro de um episódio que minha mãe contava de
um irmão seu (um tio que não conheci). Oriunda de uma família muito rígida,
onde as crianças levavam duros castigos sem nem saber porque, aquele menino
veio, no mínimo, com uma tentativa de sacudir o instituído. Quando começou a
engatinhar, seu caminho preferido era sair pela porta da frente, que tinha dois
degraus e ia para o pátio. Algumas vezes o pequeno caiu e rolou no chão, chorou
um pouco, mas isso não era suficiente para desistir, Logo que possível, lá ia
ele de novo. Os pais o puniam. Não adiantava. A avó tentou amedrontá-lo:
- Não vai prá lá.
Lá tem um bicho que vai te pegar!
Ele olhava diretamente
nos olhos da avó e exclamava na linguagem peculiar aos aprendizes:
- Quero ver o
bicho!
Pequeno, ele
dizia ‘não’ ao medo e ao castigo, queria desbravar o desconhecido, conhecer.
“Antigamente as comunidades tinham em alta conta os destemidos,
os lutadores, os caçadores, os guardiães e os exaltavam. Eles concediam um
sentido especial ao ambiente e eram reconhecidos por isso. Hoje, são
encaminhados para tratamento e diagnosticados como doentes.” (Ulrich Fegeler,
da Associação Médica da Criança e do Adolescente na Alemanha)
(págs 84-85 - Livro TDAH Crianças que Desafiam)
Assim, tenha você em casa um pequeno inibido ou destemido, preste atenção, dê bons conselhos, mostre, principalmente através de SEUS EXEMPLOS, que a família em que ele está inserido é um núcleo de Harmonia, que pretende viver sempre bem, respeitando a si e aos outros. Iniba a violência, não o empreendedorismo!
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
blogs:
www.tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br
LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar
Déficit de Atenção e Hiperatividade
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